RUI MOREIRA ESTEVE, ESTÁ E ESTARÁ DE PARABÉNS
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, continua a ser uma das mais proeminente figuras portuguesas na bajulação ao regime de José Eduardo dos Santos e ao seu clã. Para o autarca portuense pouco importa que Angola seja um dos países mais corruptos do mundo e o país com o maior índice de mortalidade infantil do mundo. Chafurdar na bajulação é para muitos políticos portugueses uma questão de vida. Alguém ouviu Rui Moreira recordar que 68% da população angolana é afectada pela pobreza, que a taxa de mortalidade infantil é a mais alta do mundo? Alguém ouviu Rui Moreira recordar que apenas 38% da população angolana tem acesso a água potável e somente 44% dispõe de saneamento básico? Alguém ouviu Rui Moreira recordar que apenas um quarto da população angolana tem acesso a serviços de saúde, que, na maior parte dos casos, são de fraca qualidade? Alguém ouviu Rui Moreira recordar que 12% dos hospitais, 11% dos centros de saúde e 85% dos postos de saúde existentes no país apresentam problemas ao nível das instalações, da falta de pessoal e de carência de medicamentos? Alguém ouviu Rui Moreira dizer que 45% das crianças angolanas sofrerem de má nutrição crónica, sendo que uma em cada quatro (25%) morre antes de atingir os cinco anos? Alguém ouviu Rui Moreira dizer que, em Angola, a dependência sócio-económica a favores, privilégios e bens, ou seja, o cabritismo, é o método utilizado pelo MPLA para amordaçar os angolanos? Alguém alguma vez ouviu Rui Moreira dizer que, em Angola, o acesso à boa educação, aos condomínios, ao capital accionista dos bancos e das seguradoras, aos grandes negócios, às licitações dos blocos petrolíferos, está limitado a um grupo muito restrito de famílias ligadas ao regime no poder? Não. Rui Moreira só está interessado nos poucos que têm milhões, tipo Sindika Dokolo a quem atribuiu a medalha de ouro da cidade do Porto, estando-se nas tintas para os milhões que têm pouco… ou nada.