UNITA NÃO DESCARTA COLIGAÇÃO ELEITORAL
VISANDO ELEIÇÕES GERAIS DE 08/17
AUNITA não descarta a possibilidade de uma eventual coligação eleitoral, com os partidos que comungam o mesmo objectivo: mudar o regime do MPLA, afirmou em recente entrevista, Alcides Sakala, para quem, “tudo depende de uma vontade firme” dos parceiros. O clamor e vontade dos cidadãos, quanto a alternância do poder, não pode ser descurado pelos partidos, sob pena de frustrarem os mais amplos anseios das populações, descrentes, não só na governação, como, também, na condução e preparação de todo registo eleitoral, que não é transparente, ao ponto de colidir com um dos articulados da Lei do Registo Eleitoral. art. 13.º (superintendência do registo eleitoral) “1. Cabe à Comissão Nacional Eleitoral a apro- vação e a supervisão do programa de registo eleitoral apresentado pelo competente órgão do Governo. 2. O acompanhamento e a supervisão do registo eleitoral são feitos pela Comissão Nacional Eleitoral através de visitas de constatação aos locais de registo e de relatórios periódicos sobre as operações, a serem fornecidas pelo órgão a
que se refere o número anterior”. Com base nesta situação, o porta voz do Galo Negro afirma que “a nossa grande preocupação prende-se com a interferência do Executivo no processo do registo eleitoral, uma função, que, nós, entendemos, deveria ser da Comissão Nacional Eleitoral, enquanto órgão independente”. E é tendo em conta a situação de constante violação da lei eleitoral e outras, que de uns tempos a esta parte, deixou de ser tabu, no interior do seu partido o tema, coligações. “A UNITA está aberta a coligações com outras forças da oposição para enfrentar o partido no poder, o MPLA”, assegurou, acrescentando, “nós estivemos sempre abertos a coligações, partindo do princípio que quanto mais unidos formos melhor será para este processo eleitoral. Para todos os processos eleitorais. É um debate que se arrasta há já algum tempo. As outras forças da oposição têm posições em que manifestam também alguma vontade. Agora, é preciso passar da teoria à prática. É um debate que tem de se fazer. A UNITA mantém a sua abertura, naturalmente, para esta colaboração que nós pensamos ser necessária, essencial, para que se estabeleça esta plataforma comum para fazermos face ao MPLA”. No entanto se esse desiderato, não for alcançado, os Kwachas avançarão com o seu programa eleitoral. “Temos um manifesto adoptado nas eleições anteriores. Servirá naturalmente de base para aprofundar as nossas reflexões na conjuntura actual. Há, por exemplo, a situação da crise financeira e económica que o país está a viver, com um impacto muito negativo nas populações”, asseverou, também, a DW, Alcides Sakala.