A IMPORTÂNCIA DO PROTECCIONISMO
A defesa do proteccionismo foi uma das principais bandeiras de Donald Trump em campanha — e também ocupou uma grande parte do discurso inaugural. “De hoje em diante, vai ser só América primeiro, América primeiro.” Depois de ter forçado um acordo com a Carrier, uma fábrica de equipa- mentos de ar condicionado, impedindo-a de desviar mil postos de trabalho dos EUA para o México, e de ter acusado a Ford de querer despedir trabalhadores norte-americanos, Trump voltou a defender a manutenção dos empregos norte-americanos, criticando as empresas que retiraram fábricas do país. “Fizemos outros países ricos enquanto a riqueza, a força e a confiança do nosso país se dissipou no horizonte. Uma a uma, as fábricas encerraram e deixaram o nosso país sem pensar nos milhões e milhões de trabalhadores americanos que deixaram para trás”, disse no seu discurso. “Cada decisão que tomarmos em termos de comércio, impostos, imigração e negócios estrangeiros vai ser feita para beneficiar os trabalhadores e as famílias americanas. Temos de proteger as nossas fronteiras do saque de outros países, que estão a fazer os nossos produtos, a roubar as nossas empre- sas e a destruir os nossos empregos”, afirmou ainda, com grande dureza retórica, garantindo que vai “reconstruir o país”. A promessa que deixou no discurso foi que, “de hoje em diante, uma nova visão vai governar a nossa terra”: “De hoje em diante, vai ser apenas a América primeiro, a América primeiro”. E, contra todas as críticas a este modelo económico, garantiu: “A protecção vai conduzir à prosperidade e à força”. O novo Presidente prometeu novamente uma política de investimento em infraestruturas, que terá de negociar com o Congresso, e que poderá ascender a um bilião de dólares (que poderão misturar fundos públicos e privados): “Vamos trazer os nossos empregos de volta, vamos trazer as nossas fronteiras de volta. Vamos trazer de volta a nossa riqueza e vamos trazer de volta os nossos sonhos. Vamos construir novas estradas e auto-estradas e pontes e aeroportos e túneis e caminhos de ferro por toda a nossa nação”. E concluiu: “A América vai começar a ganhar outra vez, vai ganhar como nunca”.
“América primeiro, América primeiro”