“MOTA-ENGIL” OU “AEDES AEGYPTI”?
Aprimeira sessão ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros estabeleceu orientações que visam buscas activas para o combate e controlo da cólera e do vírus Zika em todo país. Afinal, seja a culpa dos colonialistas portugueses (apesar de já cá não estarem há 41 anos) ou da Mota-engil (como afirmou o Jornal de Angola), o regime continua a confundir a obra-prima do mestre com a prima do mestre de obras. De acordo com o comunicado final do encontro, entre as medidas consta aquilo que já deveria ter sido feito há décadas, o tratamento da água potável, recolha do lixo, informação e educação das comunidades, formação de pessoal, organização de serviços clínicos, aprovisionamento de meios médicos e medicamentos e bio-segurança nas unidades sanitárias. O documento refere que a reunião que decorreu sob orientação do vicepresidente da República, Manuel Vicente, apreciou a proposta de plano de resposta para o controlo da epidemia da cólera, cujo foco se localiza no município do Soyo, província do Zaire, tendo-se registado, de 14 de Dezembro de 2016 a Janeiro de 2017, 104 casos suspeitos com seis óbitos. A referida proposta tem como objectivo principal interromper a transmissão da epidemia na província do Zaire, evitando a sua propagação para o resto do país, segundo salienta a nota. As conclusões indicam ainda que, no quadro das acções de curto médio prazo, estão a ser tomadas medidas para a adjudicação da empreitada de construção de um novo sistema de abastecimento de água potável na cidade do Soyo, bem como a mobilização de recursos financeiros para a contratação de empreitadas para a construção de pequenos sistemas de abastecimento de água nas linhas adjacentes a essa cidade. Ainda no domínio da saúde, a comissão avaliou uma proposta de plano de contingência para a prevenção e controlo da doença do vírus Zika, cujo mosquito é transmissor de outras doenças, dentre elas a febre-amarela, que o país enfrentou de Dezembro de 2015 a Janeiro deste ano. A proposta em causa visa prevenir ou minimizar a transmissão do vírus Zika em Angola, através de acções de controlo vectorial, assegurando o diagnóstico e o tratamento dos casos, bem como implementar um sistema de informação e educação da população, para a sua participação activa na prevenção de epidemias.