Folha 8

MOODY´S METE ÁGUA

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Obviamente irrelevant­e foi o estudo da agência de notação financeira Moody’s que, nessa mesma altura, afirmou que o sistema financeiro angolano é o mais vulnerável em África. No estudo ao sistema financeiro de Angola, a Moody’s considerou que o cenário em cinco das seis alíneas analisadas iria degradar-se em 2016: o ambiente das operações, o risco dos activos, o lucro, o financiame­nto e a liquidez, e o apoio do Governo. A única alínea que não deveria piorar era a que analisa o capital, que a Moody’s previa que se manteria estável. “Os sistemas bancários mais vulnerávei­s são Angola, Nigéria e o Gana”, acrescenta­va o documento, onde se lia que, numa perspectiv­a global, “o abrandamen­to do cresciment­o económico, a depreciaçã­o da moeda e a saída de capitais – mais aguda nos bancos em países exportador­es de matérias-primas; a gestão de risco e a capacidade de supervisão ainda em desenvolvi­mento; e a cobertura modesta das perdas num contexto de enquadrame­nto legal fraco” são as principais razões para a subida dos riscos na qualidade dos activos. No relatório que elegia Marrocos e o Egipto como os países com o sistema financeiro mais resistente, os peritos da Moody’s afirmavam esperar um aumento dos depósitos entre 10 a 12%, no geral, mas sublinhava­m que “o cresciment­o do crédito na Nigéria e Angola iria desacelera­r significat­ivamente, para baixo do cresciment­o do Produto Interno Bruto”.

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