Folha 8

DIÁRIO DA CIDADE DOS LEILÕES DE ESCRAVOS

- TEXTO DE GIL GONÇALVES

CORRUPÇÃO+ALCOOL ISMO+ANALFABETI­SM O+FANATISMO=FAMIN TOS Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos. Angola só tem reservas líquidas para 83 dias de importação. Ó diabo! O TC, Tribunal Constituci­onal, indeferiu o requerimen­to da CASA-CE, onde requeria a sua transforma­ção em partido político. Afastem-se! Afastem-se! Abram alas! Deixem passar o circo da oposição. “Angola sem dinheiro para actualizar contratos dos empreiteir­os”. (Novo Jornal) Quem diz, deixe-me falar senão perco o meu raciocínio, ou, não sei o que estava a dizer, tal gente sofre de fraqueza mental, de torpeza cerebral. Nesta sociedade, no que dela resta, os assaltos tornaram-se uma vulgaridad­e que até já são considerad­os como se fizessem parte do dia-a-dia. Aceitam-se como uma instituiçã­o. Até já se fala em enviar militares para as ruas para combater os assaltante­s, mas isso não resolve nada, mais parece uma guerra civil. No Cacuaco, Norte de Luanda, cidadãos oeste africanos fogem devido à onda de criminalid­ade. Com um país falido, que não investe no emprego nada há a fazer. È rezar para que não se seja o próximo a morrer. Actue global na corrupção global. Actue global na lixeira global. “Uma centelha alumia a chama, mas a vela só tem luz enquanto tiver pavio. As folhas caem da árvore uma vez por ano. A árvore continua a crescer forte e orgulhosa”. (Do filme Stargate) Quando a decadência atinge o auge, os filhos ficam abandonado­s nos vizinhos e logo depois nas ruas, porque essa é a função primordial da decadência humana. A nota de realce para os melhores do ano foi para os militantes mais destacados e premiados com medalhas de honra pela exemplar corrupção. Muito cuidado com as igrejas porque Satã está dentro delas. Se não estudares, as tuas afirmações não têm valor porque não as sabes defender. És presa fácil, UM GRANDE BURRO. Angola é lixeira dos outros países porque o que não presta vem parar aqui nesta grande lixeira. Isto está a ficar porreiro está. A população está a regressar ao estado primitivo da selvajaria, sem dó nem piedade. Só se destrói vidas, é muito horroroso pensar no dia de amanhã. Estamos abandonado­s como num mar repleto de tubarões que nos devoram, se divertem em dilacerar as suas presas tingindo a água que fica vermelha de sangue. A religião bloqueia o cérebro, fica como uma prisão de alta segurança para presos políticos. Parece que não, mas a religião é uma feroz amiga dos poderes do opróbrio. É a união da ditadura do céu e a da Terra. Doutorando no analfabeti­smo as suas populações, as ditaduras enviam-nas para as igrejas. É a santa aliança. A religião só mostra um caminho, o do fanatismo, e quando mostra mais do que um, os crentes tornam-se descrentes. Onde há corrupção epidémica, há miséria e fome, facilmente a epidemia da cólera se instala. Fica uma república de epidemias. Onde há a mania de que governante­s são superhomen­s, claro que dá super burricada, caos total e completo. As confidênci­as de Sindika Dokolo : “Não vejo ninguém mais competente e capaz do que a minha mulher (Isabel dos Santos) para pôr a Sonangol em ordem” (Novo Jornal) “A bobina da corda é longa, mas o fim irá aparecer”. “No reino da esperança não há inverno”. (Provérbios russos.) Do tempo passado só restam lembranças dos bons e maus momentos. Com muita saudade os bons momentos estão sempre presentes. Os maus são para afastar como se numa floresta assombrada fugíssemos de seres aterradore­s. A Unita diz que já não engole mais sapos. Presumo que agora esteja a engolir em seco. Centenas de trabalhado­res da função pública, em Luanda, não receberam o salário do mês de Dezembro. Outros apenas receberam 50%, devido à escassez da moeda nacional, o kwanza, revelou ao Novo Jornal uma fonte oficial. Hoje, Napoleão Bonaparte diria: E do alto da cerca deste curral, biliões de carneiros vos contemplam. De facto, nunca tantos carneiros foram jamais contados. Estamos perante uma invasão de carneiros de descomunal porte. Quando uma cabeça trabalha a carvão o motor gripa. E motores gripados é o que mais por aí se vê. São aos milhares. Milhares?! São aos milhões, biliões! Como se o fardo da senilidade já lhes pesasse. No mar da hipocrisia nadar, para tentarem se salvar.

Bruno Amaral: a vida na Banda é uma luta constante... Havias de ver o meu espanto quanto na Tuga me entregaram as 2 cópias de chaves em 2 minutos por 2 euros cada... Parecia parvo a olhar para o gaijo kkkkk Só quem cá vive entende o porquê. “Seria, por isso, intelectua­lmente desonesto o mundo não reconhecer os angolanos como campeões mundiais do delírio! Senão - com recurso a um inevitável recuo a um tempo histórico - vejamos: logo depois da Independên­cia inaugurámo­s uma padariazit­a - Kaxicane - e logo nos apressamos a catalogá-la como a maior panificado­ra de África! A seguir, fizemos da África Têxtil, em Benguela, um modelo fabril único no nosso continente, para anos depois acabar por ter um fim ruinoso”! (Gustavo Costa no Novo Jornal) Não vale a pena defender as constantes afirmações dúbias dos acérrimos defensores da miséria e da fome, porque Angola segue para a via da revolta da população, o que acontecerá – não tenhamos ilusões – mais dia, menos dia. Porque a miséria e a fome não mais se podem sustentar. É que está mesmo impossível, é como se estivéssem­os noutra Coreia do Norte porque as analogias são, creio, já por demais evidentes. No programa Angola e o mundo em sete dias, da Rádio Despertar do dia 22 de Janeiro de 2017, ouvi assim um tanto ou quanto atónito, o comentaris­ta residente, Manuel Nafoia, afirmar peremptori­amente que não compete aos partidos políticos socorrer um militante quando necessite de apoio médico. Que isso compete ao governo. Pois bem, todos sabemos como funcionam os serviços médicos estatais, que é como quem diz funcionam debilmente, aproveitam-se da palavra crise para fingir que funcionam. Em princípio onde há miséria e fome nada funciona. Bom, na situação actual, ou não, um partido político vêse forçado sim senhor a acudir um militante que necessite dos seus cuidados médicos. Para isso há que criar um fundo social de assistênci­a médica para os seus militantes, com por exemplo com uma quotização mensal. Se um partido político abandona um seu militante à morte por falta de cuidados médicos, eu é que jamais serei militante desse partido. Da intolerânc­ia: se critico a Unita, os fanáticos acusam-me de ser do Mpla. Se critico o Mpla, os fanáticos acusam-me de ser da Unita. Se critico a CASA, chamam-me burro. Se critico o BD, recebo desprezo absoluto. O melhor é mesmo não se meter lá, o que é mau, muito, muito mau. E os partidos políticos são como equipas de futebol onde a qualquer momento os jogadores estão numa equipa e depois aparecem noutra. Na Gâmbia inaugura-se a era Trump, porque o primeiro ditador africano do ano, Yahya Jammeh, fugiu no dia 22 de Janeiro de 2017, para o homólogo da Guiné-equatorial. “Hoje, falaremos sobre português, e porque ele soa tão diferente das outras línguas românicas. A história do português começa no Reino da Galiza. Na Idade Média quando a língua era vista como uma forma de arte”. (do filme Arrival de 2016.) Ao longo das nossas vidas há coisas que nos acontecem e que pomos em causa se são verdadeira­s ou não, se não se tratam de sonhos, de pesadelos. Sim!, as nossas vidas estão recheadas de pesadelos, daqueles que ousamos perguntar o porquê que as nossas mães nos deixaram como que atirados ao mundo para sofrer.

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