LUNAAR ACUSADA DE BURLAR FORMANDOS
A propaganda enganosa é uma prática de muitas empresas e instituições em Angola, visando simplesmente o lucro, prejudicando incautos e inocentes cidadãos, que caiem na sua ladainha. é uma prática má, vergonhosamente, perniciosa!
Aempresa LUNAAR – DT da “empresária VIP” e deputada da bancada parlamentar do MPLA, Ana Paula dos Santos, primeira-dama da República de Angola (esposa do presidente José Eduardo dos Santos) é acusada de burla por defraudação por parte de alguns dos formandos a assistentes de bordo, cursados em 2015 na sua escola, localizada no interior das instalações da TAAG, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. Em causa está o facto das partes terem uma espécie de fidúcia ou “contratopromessa”, que se resumia no seguinte: Pagamento + Formação = Emprego, sendo a entidade empregadora a TAAG (Companhia Aérea de Angola), que receberia os novos assistentes de bordo. A escola da primeira-dama da República de Angola, caricatamente, à boa maneira monárquica, nasceu das entranhas de uma em- presa pública, a TAAG, significando não ter havido capital inicial próprio, numa moda useira e vezei- ra da família presidencial, quando se trata de invadir espaços ou organismos públicos, confundindo-os como a quinta do papá Avelino (UNITEL e MOVICEL nasceram do interior da Angola Telecom e foram entregues às filhas do Presidente, tal como a TPA 2 e Internacional, etc.).
No caso concreto, os jovens participaram durante nove meses (Fevereiro a Outubro 2015) no curso e, no final, tiveram um pré-acordo com a TAAG, de quem receberam fardas, equipamentos e passe, seguindo depois, para um estágio prático durante cinco dias, na República Federativa do Brasil. Era, para todos, com estas acções, o concretizar de um sonho e viam, depois de regressados do Rio de Janeiro, não o ponto de luz da vela, mas do sol, no fundo do túnel, que regularmente os levaria à labuta diária, nas nuvens por onde navegariam a bordos dos aviões da companhia aérea nacional. Mas, eis que de repente, o sonho virou pesadelo, pois a empresa monopolista, com exclusividade de formação de pessoal navegante (a própria Ana Paula saiu de aeromoça, para primeira-dama da República de Angola), não consegue colocar os jovens, nem presta uma informação precisa capaz de os tranquilizar, com a agravante de, até hoje, não entregar o diploma de fim de curso. Muitos destes formandos contraíram empréstimos, outros viram os pais hipotecarem-se, para pagar o elevado valor do custo do curso: mais de USD 7500,00 (sete mil e quinhentos dólares) e passados mais de um ano, nem a escola LUNAAR, nem a TAAG, dão uma justificativa sobre esta deplorável situação de incumprimento contratual. “O que a LUNAAR nos fez é uma burla, pois garantiram-nos um emprego, depois da formação, recebemos fardas e equipamentos da TAAG, fomos fazer um estágio no Brasil e depois disso deixam-nos no chão sem qualquer perspectiva, isso acho muito feio e mostra uma natureza maldosa dessas empresas, que nós devemos respeitar e não odiar”, afirmou bastante triste e revoltado um dos formados, que por razões óbvias preferiu o anonimato. Ao que parece, segundo um dos jovens, duas saídas estão a ser cogitadas, uma a de apelarem ao bom senso da primeira-dama, Ana Paula dos Santos, a usar de toda sua influência no sentido de uma resolução a contendo das partes, até mesmo para honra da imagem da sua empresa e bom nome, a segunda op- ção será a de realizarem duas manifestações em simultâneo: uma diante da sede da LUNAAR e outra da direcção geral da TAAG, com os tripulantes todos uniformizados e cartazes reclamando pelos seus direitos adquiridos. “O meu filho está disposto a ir para as porcas e desumanas cadeias deste regime, caso seja necessário, mas vai empreender uma campanha de denúncias sobre a sua situação, não se importando de sofrer como os jovens revús 15+2”, disse ao F8 Matias Kaliengue, para quem, nunca viu nada igual, “roubalheira e abuso de confiança de poderosos, por parte da em- presa da senhora primeira dama, que só faz isso, por saber que nada lhe acontece, logo pode espezinhar e roubar, as pessoas, para estar no ADN deste regime e uma afronta dos estrangeiros, que ajudam estes governantes a roubar, mesmo que seja contra jovens quadros angolanos”.