O ETERNO BENEFÍCIO DA BAJULAÇÃO
Apesar desta triste e dramática realidade, essa coisa parasitária chamada Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) não se cansa de elogiar as autoridades esclavagistas do regime, indo mesmo ao ponto de (como faz servilmente Portugal) de elogiar o caso angolano que, afirma, desde o fim da guerra (2002) tem “demonstrado progresso” na evolução da sua situação económica e social e “assinaláveis melhorias na situação de fome e pobreza”. Vinte milhões de pobres são, certamente, a prova provada dessas assinaláveis melhorias. Diz a CPLP que Angola registou progressos no ensino primário universal, redução da mortalidade infantil e saúde materna, graças a “investimentos assinaláveis nas infra-estruturas de saúde e da educação”. Se com essas progressos Angola é o país do mundo com o maior índice de mortalidade infantil, onde estaria se não tivesse feito progressos? Também é verdade, reconhecemos, que a CPLP refere que existe um “longo caminho a percorrer”, pois – diz – 37% da população vive abaixo da linha de pobreza, condição que afecta sobretudo o meio rural, onde estão 60% dos pobres. Num índice sobre fome e nutrição, um total de 45 países foram analisados no contexto de 22 indicadores que procuram medir a actuação dos governos nas áreas de combate à fome e à subnutrição, tendo Angola ficado em 42º, apenas três lugares acima da Guiné Bissau, que contabiliza os piores resultados. Apesar da enorme fortuna da família presidencial, Angola um dos países mais corruptos do mundo, é um dos países com piores práticas democráticas, é um país com enormes assimetrias sociais, é o país do mundo com o maior índice de mortalidade infantil do mundo.