GREVE DOS TAXISTAS PODERÁ PARALISAR LUANDA
AAssociação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (A-NATA) anunciou a realização de uma manifestação de protesto, nos dias 20, 21 e 22 de Fevereiro, por não ter chegado a acordo com o Governo Provincial de Luanda, garantiu Geraldo Wanga, representante da Associação, depois do governo ter dito o contrário em noticiário da televisão pública. E para melhor interagir com os cidadãos, talvez por não ter espaço de antena postou no facebook o seguinte: “passei para contradizer a peça teatral do GPL e convidados exibido pela TPA”, lê-se na sua página, desmentindo dessa forma o GPL. A A-NATA (Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola), a ATL (Associação dos Taxistas de Luanda), a UNTA (União Nacional dos Trabalhadores de Angola), a Polícia Nacional e membros do GPL (Governo Provincial de Lunada) estiveram reunidos a mesma mesa, na busca de um consenso sobre a problemática das paragens de táxis. Em função das fortes divergências e contradições, que pareciam insanáveis e porque o tom, dos demais, parecia ameçador e atentatório a dignidade da organização, a A-NATA decidiu bater com a porta e abandonar a reunião, porque “a intenção do GPL e companhia, era de nos intimidar face a nossa posição. E nós não aceitamos intimidações e ameaças, abandonamos a sala e deixamos a festa para os bajuladores da UNTA e da ATL”, explicou Geraldo Wanga lamentando o facto de alegadamente, a “ATL não sabe qual é o seu real papel na verdade”, ela “serve de porta-voz do GPL para os taxistas quando deveria ser ao contrário”. O letmotiv da trama prende-se com uma reclamação, que parece legítima da A-NATA, quanto a regularização das paragens de táxis, nas várias rotas da cidade de Luanda, visando evitar os transtornos com a Polícia, que por tudo e por nada os manda parar, para aplicação de multas. Ao não verem, até hoje, os seus apelos respondidos, a organização decidiu paralisar a prestação dos seus serviços a partir do 20 de Fevereiro. A-NATA informa, ainda, que para além de não verem os seus apelos respondidos, “as autoridades aumentaram as punições com multas e apreensões das viaturas dos taxistas”, lê-se na carta dirigida ao governador da província de Luanda. Pese este incidente, mantem-se a disponibilidade para uma reflexão con- junta, em prol dos altos interesses das partes e do serviço público, prestado aos cidadãos, o que não inviabilizará, para já, um recuo da decisão referente a paralisação. O descontentamento dos taxistas para com certas acções dos dirigentes começou a intensificar-se a partir da diminuição e posterior corte dos subsídios de combustíveis, o alto custo das peças de reposição e ou mesmo escassez, face a sua não importação e, mais grave a imposição administrativa, para não subida do preço da corrida, quando tudo sobe. Entretanto, com o último reajuste dos preços dos combustíveis que entrou em vigor a 01 de Janeiro de 2016 e com o aumento dos “gritos insatisfeitos” dos homens dos azuis e brancos, o Ministério das Finanças, depois de uma semana, alterou a tarifa dos transportes de aluguer colectivo de passageiros por percurso de 100 Kz para 150 Kz, em clara violação a Constituição, uma vez não tendo chegado a um acordo, nem concedido benefícios fiscais aos parceiros sociais privados, não pode a economia de mercado ser regulada administrativamente, pelo partido de governo. Agora, urge resolver, também, as paragens de táxi, cuja preocupação remonta, as manifestações públicas de 2014, afectando, principalmente os taxistas que faziam o trajeto Aeroporto/ Mutamba que “tinham de pagar aos agentes reguladores de trânsito por parar nas paragens habituais dos autocarros colectivos. Este acto deixou os taxistas exaustos de sorte que convocaram, na altura, uma greve, reivindicando paragens obrigatórias em Luanda”. De lá para cá constata-se que o problema das paragens evoluiu no trajeto Aeroporto/ Mutamba, mas quanto as outras rotas da capital, para o carregamento dos passageiros têm sido alteradas aleatoriamente e sem justificação, dificultando a operacionalidade quer dos candongueiros, como dos passageiros.