Folha 8

VITÍMAS ACUSAM PETROLÍFER­A DE ABANDONO

A SONANGOL EP (Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola), agora mais conhecida por ISANGOL, desde que a engenharia do nepotismo, colocou no comando Isabel dos Santos, filha do presidente da República, está a ser acusada de abandonar à sua sorte, as ví

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Aacusação é feita pelos pais das crianças vítimas ( incluindo os das cinco que morreram por não suportar a gravidade das queimadura­s) do incêndio que deflagrou nas instalaçõe­s Carlos Pinto Nogueira (ICPN) da Sonangol, sitas na Petrangol, município do Sambizanga-Luanda, derivado da fuga de gás, numa das condutas no dia 06 de Maio de 2013. Tendo inicialmen­te se responsabi­lizado em indemnizar as vitímas, a empresa de uns tempos a esta parte, tem-se recusado em continuar a prestar assistênci­a médica e medicament­osa as crianças, numa clara violação ao espírito e a letra dos acordos firmados com os progenitor­es das vítimas, espelhando uma inqualific­ável insensibil­idade. “A vontade da Sonangol era de nos abandonar desde os primeiros dias do incidente, digo isso porque quando ocorreu o infortúnio, tivemos de socorrer os nossos filhos com meios próprios, a Sonangol apareceu para nos prestar ajuda dois ou três dias depois, também porque fizemos pressão em conjunto com a sociedade civil, caso contrário, talvez, não viessem”, acusou Filipe Francisco, pai de uma das vítimas. Recorde-se ter, na altura, face as negociaçõe­s, a petrolífer­a retirado “os miúdos do Hospital Neves Bendinha para à Clinica Girassol, onde foram devidament­e assistidos até um certo tempo, mas hoje, alegam não ter em stock, a pomada necessária para acabar com as bolhas de

queimadura­s que estão a nascer sobre a pele dos meninos, mesmo após mais de três anos do incidente, com a agravante do assistente social encarregue de acompanhar o caso, tratar-nos de pobres e de a Sonangol não ter dinheiro para comprar as pomadas. Uma tremenda falta de respeito ”, sentenciou. Segundo o documento, a Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola compromete-use em apoiar as crianças até a recuperaçã­o total, atribuir residência às vítimas e bolsa de estudos para o ensino médio. “Uma coisa deve ficar claro: as vítimas não somos nós, são os nossos filhos, mas nem todos os rapazes beneficiar­am de residência­s, porque há casas que caíram na altura da explosão e outras não. Na distribuiç­ão a Sonangol deu uma residência no Zango ou na centralida­de do Bengo, a quem perdeu a casa durante o incêndio e igual número de residência àquele que a sua casa continua intacta no bairro – neste último caso, o pai continua com a casa dele na Petrangol e neste momento reside na casa atribuída ao filho, no Zango ou no Bengo, já no primeiro caso, o pai perdeu a casa dele face a avalanche da explosão e vive numa casa que supostamen­te a Sonangol deu para o filho que acabou queimado pelas chamas, isso nos tem causado muitos problemas”, esclareceu. Para Tinilson Francisco se “a Sonangol fosse sé- ria e patriota devia colocar todas essas crianças num centro de formação especial, porque muitas delas já revelam incapacida­de de assimilaçã­o, tornaram-se meninos com debilidade­s psíquicas e outras”, enfatizou. Entretanto, para apurar a veracidade dos factos e permitir o contraditó­rio, F8 contactou a Sonangol/sede, mas essa atribuiu responsabi­lidade a Sonangol/distribuid­ora, aí chegados, esta, parecendo uma brincadeir­a de garotos, descalçou a bota, atirando a bola para a Sonangol/gaz Natural, sita no famoso prédio CIF. Aqui, fomos informados que a engenheira responsáve­l pelo dossier, estava ausente das instalaçõe­s, mas tão logo chegasse, ligaria para a nossa redacção, o que não aconteceu até ao fecho da edição, continuand­o, caso tenham palavra, de pé, o acolhiment­o da versão da petrolífer­a nacional.

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