Folha 8

CICLONE A SUL DE MOÇAMBIQUE MATA SETE PESSOAS E AFECTA OUTRAS 130 MIL

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Sete pessoas morreram e outras 130 mil foram afectadas em Inhambane na sequência de um ciclone tropical que atingiu as províncias do sul de Moçambique, informou a 16.01.2017, o director do Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE). Falando durante uma conferênci­a de imprensa de avaliação preliminar do impacto do ciclone tropical Dineo, Maurício Xerinda disse que só na província de Inhambane, a mais atingida pelo fenómeno, perto de 20 mil casas foram destruídas e 104 salas de aulas ficaram danifica- das. “Neste momento, decorrem os trabalhos para actualizaç­ão de dados, mas temos problemas devido à falta de comunicaçã­o, na medida em que as vias de acesso foram danificada­s e temos o problema da falta de comunicaçã­o”, afirmou Maurício Xerinda, acrescenta­ndo que boa parte da província de Inhambane está às escuras devido à queda de postes de energia. Os distritos de Massinga, Morrumbene, Maxixe, Jangamo, Zavala, Homoíne Vilanculos Inharrime e Inhassoro, todos na zona costeira, foram os mais atingidos pelo ciclone, um fenómeno que levou as autoridade­s moçambican­as a activarem os centros operativos de emergência­s em todos estes locais. De acordo com o director do CNOE, 49 unidades hospitalar­es foram afectadas e 51 edifícios públicos foram parcialmen­te destruídos, além de três torres de comunicaçã­o terem sido derrubadas. “Estamos a providenci­ar tendas e alimentos para as famílias afectadas”, observou a fonte, que garante que o governo moçambican­o continua a monitoriza­r a situação em Inhambane e também Gaza, onde os danos do ciclone foram menores e não houve vítimas mortais. Contacto pela Lusa, o meteorolog­ista Acácio Tembe, do Instituto Nacional de Meteorolog­ia, disse que o ciclone, que chegou à zona costeira de Inham- bane na quarta-feira, está a perder a sua força e espera-se que se transforme, nas próximas horas, em baixa pressão. “Neste momento, podemos dizer que já nem é um ciclone, mas sim é uma depressão tropical. Está a perder força e agora dirige-se para o norte da província de Gaza, onde poderá parar na fronteira com a África do Sul”, observou o meteorolog­ista. O ciclone, que começou como uma depressão tropical, formou-se no canal de Moçambique e, à medida que se aproximava da costa, aumentou a velocidade, tendo os ventos, até ao meio-dia de quarta-feira, atingido uma velocidade de mais de 100 quilómetro­s por hora, com rajadas de cerca de 150 quilómetro­s por hora. Falando ontem na abertura do Primeiro Seminário Internacio­nal da Rede de Provedores de Justiça, em Maputo, o Presidente moçambican­o, Filipe Nyusi, expressou a sua preocupaçã­o com as populações afectadas, garantindo que o governo tudo fará para assistir as pessoas atingidas pelo fenómeno. “Queremos aqui deixar uma mensagem de muita força e coragem e o governo tudo fará para dar uma resposta o mais rápido possível aos efeitos destes desastre natural”, referiu o chefe de Estado moçambican­o.

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