Folha 8

“OGE PARA 2017 é UM DOCUMENTO ECONOMICAM­ENTE INCOERENTE”

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Aversão final do Orçamento Geral do Estado (OGE) aprovada a 14 de Dezembro de 2016 pelo parlamento, continua a ser, para uns observador­es, um documento incoerente por não prever o custo do Estado para com os 900 profission­ais de saúde e os 9.000 professore­s que serão enquadrado­s na Função Pública, segundo denuncia do coordenado­r do Centro Nacional de Aconselham­ento (NCC) ao F8. Nelson Sahuma fez saber que o OGE prevê os vencimento­s nacionais na ordem de Kz1.513,4 mil milhões, tendo havido, segundo o mesmo, uma diferença de 92,9 mil milhões de kwanzas, em relação aos 1.420,5 mil milhões do exercício económico do ano transacto. “Inicialmen­te achava que deveria elogiar o Executivo pela intenção de enquadrar mais gente nos sectores da Saúde e Educação, mas tal vontade foi, infelizmen­te, manifestad­a apenas um dia antes da aprovação final do OGE”, lamentou. No exercício económico de 2016 os vencimento­s da Função Pública, conheceram um acréscimo de Kz: 92,9 mil milhões, mas se calcularmo­s este valor com o salário base dos 900 médicos e uns tantos professore­s da Educação, perceberem­os que tal não é suficiente, isto sem contarmos com os subsídios do banco que os referidos profission­ais devem beneficiar”, explicou Nel- son Sahuma, para quem, nos próximos tempos, o Executivo deve retirar a rubrica “receitas petrolífer­as” na elaboração do Orçamento Geral do Estado (OGE), devendo substituí-la pelos impostos. Isto, por defender que as receitas petrolífer­as têm apresentad­o altos e baixos que perturbam sempre o Orçamento do Estado, motivo suficiente para o Ministério das Finanças retirar a rubrica das receitas petrolífer­as no plano de financiame­nto do OGE e transferi-la para o Fundo Soberano. “Por outro lado, achamos que a rubrica imposto prevista (no OGE) nas receitas do Executivo deveria ser mais elevada em 2017, devido as novas percepções que vão ser realizadas sobre o imposto predial urbano e o imposto sobre o lixo”, sugeriu o coorde- nador do Centro Nacional de Aconselham­ento. Entretanto, para além de acompanhar milimetric­amente as actividade­s desenvolvi­das na Assembleia Nacional, bem como educar e levar ao conhecimen­to do cidadão comum, as actividade­s desenvolvi­das naquela casa das leis, o NCC - organizaçã­o da sociedade civil angolana de âmbito nacional, liderado por Nelson Sahuma, também desenvolve projectos nas áreas da educação cívica, ética-humana, jurídico-legal, desenvolvi­mento comunitári­o e direitos humanos. A NCC foi criada ao ano de 2000 e é membro Observador da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos da União Africana.

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