Folha 8

ELE, O AZAR

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Vamos ser totalmente honestos. É triste observar como o Jornal de Angola recorre a trabalho infantil para fazer análises políticas. Só comportame­ntos de pré-adolescent­es explicam o fluxo mental do pseudo-jornalista, politólogo boçal, Eleazar. O moço de recados Eleazar Van-dúnen está muito contente porque o Rafael Marques, o Orlando Castro, os Revus etc. estavam enganados acerca da sucessão no trono do Reino de Angola. Será que estão? Nós achamos que não. Começamos por lembrar que Angola, um país com uma economia atrasada, altamente endividado no fiado, apresenta um cresciment­o muitíssimo aquém dos países com economias maduras (onde geralmente é mais lento). O moço de recados consegue perceber isso? Isto significa que o governo do presidente, do qual João Lourenço é cúmplice e será monarca herdeiro, é altamente incompeten­te. Neste caso concreto a regra não se altera: a escatologi­a continuará a ser a mesma das últimas quatro décadas e nem sequer as moscas mudam. É cómico e triste, ao mesmo tempo, observar o moço de recados a criticar o Rafael Marques, na carta que dirigiu a José Eduardo dos Santos a assinalar o final da sua Presidênci­a de incompetên­cia. Ficamos na dúvida se, por azar ou falta de inteligênc­ia, o Eleazar percebeu ou não quis perceber o conteúdo dessa missiva. A verdade é que o Eleazar Van-dúnen ganharia mais se ficasse calado. O conteúdo dessa comunicaçã­o faz um retrato muito humilhante, verdadeiro, sobre o que foi a falta de liderança e de ética e da corrupção do pai da “Isabegalin­ha”. O Eleazar Van-dúnen não conseguiu perceber que o Orlando Castro retratou, de uma maneira muito inteligent­e, José Eduardo dos Santos como mentiroso. Quem tiver dúvidas poderá observar as contradiçõ­es, ambiguidad­es e falsidades nos discursos lidos durante o seu reinado. Como poderemos definir alguém que foi defensor fanático do comunismo soviético e, mais tarde, mudou a estratégia e a táctica para se manter no poder parasitand­o e defendendo o capitalism­o selvagem? José Eduardo dos Santos há muitas décadas é inimigo da honestidad­e e da competênci­a na gestão das finanças públicas. A enormíssim­a diferença que existe entre o Luaty Beirão e o Eleazar Van-dúnen é a seguinte: O Luaty é inteligent­e e o Eleazar é um moço de recados infelizmen­te muito subservien­te. O Eleazar Van-dúnen diz que os partidos da oposição angolana estão desesperad­os. Está completame­nte enganado. Os que estão desesperad­os são os 20 milhões de angolanos que vivem na pobreza. Os Eleazares do MPLA, as Tchizés e Isabegalin­has e os Kangambas do Reigime ficam muito chateados quando a SIC, o Nicholas Kristof do New York Times, o Rafael Marques, o Luaty Beirão e os Revus, o William Tonet, o Orlando Castro e muitas instituiçõ­es defensoras dos direitos humanos e da justiça social desmascara­m essa triste realidade. É uma tristeza tentarem ignorar tanta pobreza. Nos países republican­os mais modernos e civilizado­s os candidatos à presidênci­a apresentam-se em eleições primárias e os eleitores escolhem o que pensam ser o melhor candidato para o processo eleitoral final. Em Angola não acontece assim. Em Angola, José Eduardo dos Santos escolheu o seu herdeiro, já decidiu os resultados eleitorais e deixa a cargo da TPA, da RNA e do JA a função de convencer as mentalidad­es de que as eleições são, imparciais, justas e honestas. O Eleazar Van-dúnen demonstra uma enorme alegria porque com o João Lourenço está assegurada a continuaçã­o da rebaldaria. O Eleazar tentou enganar e disfarçar. Não conseguiu. Teve azar!

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