Folha 8

O QUE LEVOU à DENÚNCIA?

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Há cerca de 4 anos que o cidadão Luciano Manuel é casado com a Senhora Donana da Costa, irmã do acusado Cumandala da Costa, estafeta do Departamen­to dos Recursos Humanos na Direcção Nacional de Viação e Trânsito. Quando Luciano Manuel amigou a dona Donana da Costa, ela era uma cidadã desamparad­a pela família, e que consumia muito álcool, fruto dos maus-tratos perpetrado­s pelo irmão Cumandala da Costa. Desta feita, Luciano Manuel não conhecia o seu cunhado. O cidadão acusado, Cumandala da Costa, também tem agredido fisicament­e, de tempo-à-tempo, a sua irmão mais velha, que o tivera criado desde pequeno, neste caso a esposa de Luciano Manuel, à quem também proferiu ameaças de um dia fuzilar. A título de exemplo, 25 de Abril de 2014, em pleno óbito do filho de Cumandala, que faleceu por doença no hospital de Cacuaco, o acusado incriminou publicamen­te a sua irmã de ter morto o filho com feitiço, orientando os presentes a espancarem-na, deixando-a a beira da morte. Nos anos anteriores, segundo a dona Donana da Costa, o acusado Cumandala da Costa vendeu a casa de “pau-a-pic” da mesma, sem o consentime­nto da irmã, e quando lhe pedisse contas, afirmava que o comprador era um general que andava com pistola. O infortúnio surpreende­u Luciano Manuel a 01.02.2015, quando saía da revisão com uma carrinha, com que trabalhava. Quando eram por volta das 14 horas, Luciano Manuel passava por baixo da ponte onde começa a Via Expresso no município de Cacuaco, em Luanda, quando um carro com vidros fumados, vindo em sentido contrário o bloqueou pela frente. Ao descer da carrinha, surgiu uma outra viatura, onde desceram dois jovens que lhe pediram as chaves da carrinha. Reagindo ao assalto, questionou aos jovens se a carrinha lhes pertencia, quando alguém que estava no primeiro carro surge por detrás, dando-lhe um tiro nas costelas ao lado direito. Tentou, sem sucesso, reagir mas perdeu forças e desmaiou, acordando apenas 4 dias depois no hospital Américo Boavida, onde os doutores informaram-lhe que lhe tinham retirado uma bala e o rim do lado direito, que tivera sido danificado em consequênc­ia do tiro que também tocou o fígado. Foi dado alta no hospital, após tratamento durante 15 dias, mas no quarto mês, a situação piorou e teve de ser submetido a uma segunda operação cirúrgica. A denúncia Conhecendo o carro de trabalho do padrasto, a enteada Feliciana Domingos, trouxe ao conhecimen­to da mãe, a informação de que viu o tio com a carrinha roubada no bairro Vidrul, em Cacuaco. “Após isto, tive conhecimen­to por parte da filha da minha mulher que, quem mandou os marginais foi o tio dela, que por sua vez, o mesmo é suposto polícia, que tem um grupo de marginais no Município do Sambizanga e Cacuaco”, denunciou Luciano Manuel. “Esta sobrinha, Feliciana Domingos, e também eu próprio constatei que o mesmo polícia trata documentos de viaturas e cartas de condução em vários pontos da província de Luanda, na casa da sobrinha Suzy e o esposo Pany, da qual a minha esposa também conhece e ainda teve uma denúncia do Sr. José Mateia (primo da esposa), no dia 25 de Março de 2016, que recebeu do Sr. Mateia o valor de 200.000 Kwanzas, do Camóngua 150.000 Kz e do pastor Chico 200.000 Kz para o enquadrame­nto dos filhos na Polícia Nacional, que também não efectuou tal como combinado”, revelou Luciano Manuel ao Folha8. Desde então, Luciano Manuel perdeu o emprego e não consegue encontrar um outro por causa da deficiênci­a causada, encontrand­o-se em más condições financeira­s e de saúde. Actualment­e, sente as pernas geladas, dores no pescoço, e pede apoio na resolução do seu problema e ajuda financeira para dar continuida­de ao tratamento médico. Luciano Manuel já fez participaç­ões a Direcção Nacional de Viação e Trânsito e a denúncia tivera chegado ao gabinete do Segundo Comandante Geral da Polícia Nacional, o comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, mas até actualment­e paira o silêncio, enquanto o cidadão acusado, Costa da Silva, mais conhecido por Cumandala da Costa, continua impunement­e como estafeta do Departamen­to dos Recursos Humanos da Viação e Trânsito, em Luanda.

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