BOLSEIROS DA SONANGOL PEDEM AJUDA
CARTA DIRIGIDA à PCA DA SONANGOL, ISABEL DOS SANTOS
Os estudantes bolseiros no Brasil, pela SONANGOL, seguramente, a maioria filhos de trabalhadores intermédios e outros sortudos do povo, sem apelidos das famílias dominantes, estão a passar por fortes agruras, face a não remessa pontual da bolsa de estudo. Num país estrangeiro, começaram por recorrer a embaixada no Brasil, mas tal como as demais, esta nada faz, para ajudar, pelo contrário, os nossos emigrantes na maioria das vezes não podem contar com os préstimos dos diplomatas e, no caso, empreenderam outra romaria, solicitando a direcção geral da Sonangol, que pudesse acautelar a sua situação, mas infelizmente, não conseguiram, porque consideram ter sido mais uma vez discriminados e para não morrerem sem que ninguém saiba, face ao drama que estão a viver, naquele país latino americano, onde os níveis de violência são altos, recorreram ao F8, para a solidariedade que se impõe. “Os nossos melhores Cumprimentos A nossa mais elevada convicção de a vossa competência, empenho e nível de cumprimento das tarefas acometidas, poderão maximizar as acções do vosso poder de liderança, apraz-nos levar ao conhecimento público o seguinte: Nós, bolseiros do Brasil, estamos em situação de risco face ao não recebimento das despesas durante 3 meses desde Janeiro até ao momento, com as seguintes consequências imediatas: * universidade e residências não pagas com o risco de sermos despejados a qualquer momento, * plano de saúde congelado * agravamento de não termos o que comer e nem como nos deslocarmos para as respectivas universidades. Sentimo-nos excluídos por sermos os únicos estudantes no exterior (Brasil) a passar por esta situação no quadro de um só programa e política de formação da Sonangol. Por várias vezes tenta- mos todo o tipo de contacto com a SONANGOL ACADEMIA mas, infelizmente sem obtenção de respostas efectivas, apenas nos mandam aguardar até à presente data. Fomos instruídos pela nossa empresa gestora cá ( SIANO & REGO) a procurarmos os serviços de saúde pública, sendo estes extremamente precários aqui no Brasil, com recorrentes mortes por falta de atendimento. Estamos à mercê do pior… Com a sensibilidade que Lhe caracteriza, na qualidade de mãe e de PCA da SONANGOL, imploramos à Presidente do Conselho de Administração da empresa encarecida- mente para que zele esta situação de risco em que nos encontramos, para que em segurança continuemos com objectivo primordial que nos trouxe, de podermos regressar um dia formados e juntos contribuirmos no desenvolvimento que o País pretende alcançar.” Este é o grito de Ipiranga dos bolseiros, esperando que Isabel dos Santos seja sensível a situação e resolva a contendo das partes, uma situação que pode ser evitada, no quadro de uma verdadeira planificação de formação de quadros, para atenderem as cada vez maiores exigências que a reconstrução nacional exige.