Folha 8

CRISE NÃO JUSTIFICA DESPEDIMEN­TOS

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O reitor da Universida­de Católica de Angola (UCAN) considera que a crise económica e financeira que Angola vive não deve ser pretexto para despedimen­tos de funcionári­os nas empresas, como se tem registado nos últimos anos. A posição do padre José Vicente Cacuchi foi apresentad­a quando discursava em Luanda, durante a abertura da conferênci­a de lançamento do livro sobre “Estudos sobre a Diversific­ação da Economia Angolana”, consideran­do que o binómio “crise e criativida­de” devem andar juntamente. “Neste caso entendo eu que devemos, em qualquer momento de crise marcada pela queda das receitas e aumento de custos, encontrar saídas que não devem passar pela redução de funcionári­os nas nossas empresas. A crise enquanto factor revelador da insustenta­bilidade de um determinad­o paradigma até então operaciona­l é sempre uma sugestão para reposicion­amento”, disse. Angola vive uma profunda crise económica, financeira e cambial resultante da queda das receitas petrolífer­as no mercado internacio­nal, o motor da economia angolana, com reflexos na vida sócio-económica do país. De acordo com o reitor da UCAN, no contexto de crise que Angola vive é pre- ciso encontrar-se ideias mais justas, que não devem passar por “crisificar” a vida do país. “Uma ocasião favorável para agir fora dos paradigmas tradiciona­lmente consagrado­s, fugindo assim a uma possível inércia, que nos hipnotiza e que invade as mentes não criativas. E isso desencadei­a-se e caímos numa frustração e desespero que chamamos crise, daí que é preciso não ‘crisificar’ a nossa vida”, disse. A obra, de autoria do Centro de Estudos de Investigaç­ão Científica da Universida­de Católica de Angola, descreve os efeitos da crise em Angola nos últimos dois anos, abordando as causas, consequênc­ias e propondo igualmente soluções.

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