Folha 8

ACORDOS COMERCIAIS

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“Iremos ser um país muito diferente, temos valores mas, em termos militares, vamos ser muito mais fortes e os nossos acordos comerciais vão ser bons e sólidos, não acordos comerciais que conduzam a encerramen­tos e a um desemprego tremendo”, concluiu Trump. Merkel permitiu-se lembrar aqui os sucessos da União Europeia e dos acordos que firma e que, diz, são vantajosos para todas as partes. A chanceler atribuiu o sucesso dos alemães no plano econômico mas também na segurança e na paz, à integração europeia. “Estou profundame­nte convicta disso”, afirmou. “Qualquer acordo celebrado pela União Europeia, por exemplo com a Coreia do Sul, resultou em mais postos de trabalho para a Alemanha, e para a União Europeia”, referiu. “Havia também alguma preocupaçã­o quanto à indústria automóvel em relação à Coreia do Sul mas o que se verificou é que ambas as partes acabarem por tirar proveito da situação e é perfeitame­nte justo e equitativo”. “Ambos procuram ter vantagens e assim iria felicitar-me se as conversaçõ­es entre os Estados Unidos e a União Europeia fossem retomadas” em relação ao acordo de livre comércio, referiu a chanceler. Lembrando o recém acordo assinado entre a União Europeia e o Canadá, Merkel desejou o recomeço das negociaçõe­s de comércio livre entre a UE e os EUA, afastadas por Trump. “Penso que estamos numa situação em que podemos retomar essas conversaçõ­es”, disse a chanceler. Num dos únicos momentos de descontraç­ão durante a conferênci­a de imprensa, Trump referiu que raramente se arrepende daquilo que publica na rede social Twitter, numa resposta sobre as suas acusações, sem provas, de que o seu predecesso­r, o democrata Barack Obama, o gravou durante o último ano de campanha eleitoral.“ao menos temos uma coisa em comum” exclamou, provocando risos, numa referência a relatórios que revelaram que o telefone foi posto sob escuta pelos estados unidos durante a Administra­ção Obama. Via Reuters

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