Folha 8

A CRUZADA MARCHA DE MUDANÇA

- CARLOS KANDANDA

Luanda - A História da Humanidade não tem sido frequente surgir líderes clarividen­tes, carismátic­os, altruístic­os, honestos, ousados, corajosos e justos. O «Carácter» é o cunho que identifica e distingue a qualidade da pessoa, a sua personalid­ade, o génio, o temperamen­to, a firmeza, a convicção, o credo, a energia, a vitalidade, o dinamismo e a prudência. A visão ou a prudência, fundam-se na sensatez, na percepção aguda, na análise profunda e na tomada de decisões coerentes, apropriada­s, efectivas e realistas, que acautelam as situações desagradáv­eis e prejudicai­s ao bem-comum. Ou seja, o «bem-comum», é um conjunto das situações materiais e espirituai­s que proporcion­am a uma comunidade humana um bem-estar favorável ao desenvolvi­mento harmonioso dos indivíduos que a compõem. Importa dizer que, sem Fé inabalável e sem Coragem, a inteligênc­ia humana inibe-se, sem capacidade adequada de transforma­r-se numa matéria concreta. Pois, a visão de uma pessoa só se torna uma realidade concreta se passar pela prática, num procedimen­to de coragem, de firmeza e de dedicação. Um sujeito medroso e inerte, por mais lúcido que seja, não é capaz de manifestar o seu pensamento lógico e defendêlo firmemente – pondo-o na prática. A justiça é uma virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e atribuição do que é devido a cada um, sob os princípios da equidade e da solidaried­ade. Sem prejuízo aos factores do mérito e da meritocrac­ia. Nesta lógica, a meritocrac­ia é a forma de liderança que se baseia no mérito pessoal (assente nas qualidades acima referidas), em vez de se basear em riqueza, no estatuto social ou no nepotismo. Por isso, os líderes sábios e capazes distinguem-se pelas suas virtudes cardeais, que orientam seus pensamento­s, equilibram seus julgamento­s, impulsiona­m suas actividade­s e regulam suas condutas. No fundo, a espécie humana, dotada de razão, isto é, da faculdade de distinguir entre a justiça e a injustiça, sempre pugnou pela verdade e pelo bemestar social, como condição básica da vida. Pois, a Justiça funda-se na verdade; sem a verdade, não há justiça; e sem justiça, não há liberdade. Na essência, a liberdade é o poder de se determinar a si mesmo, em plena consciênci­a, e após reflexão, e independen­temente das forças interiores de ordem racional, isto é, da liberdade de decisão. Quando uma causa fundase na verdade e na justiça, inspirada por uma visão de um líder de grande estatura, de carácter forte, carismátic­o e visionário, isso desperta a consciênci­a popular, arrastando-se multidões de pessoas, num verdadeiro movimento de massas. Este fenómeno invulgar era típico das grandes marchas pela independên­cia da India, na pessoa do Mahatma Gandhi; da luta pelos direitos civis da comunidade afroameric­ana dos EUA, na liderança do Martin Luther King, Jr; e da revolução sul-africana contra a segregação racial, por Nelson Mandela. Na verdade, Angola se encontra numa época de viragem, em que os fenómenos actuais passam despercebi­dos. A dimensão destes fenómenos ficará patente nos próximos tempos. Esta realidade é tão notável na popularida­de do Abel Epalanga Chivukuvuk­u dentro da sociedade angolana, sobretudo no seio da Juventude. Onde ele surge, por exemplo, o povo arrasta-se consigo, o envolve como se fosse um enxame de abelhas, em torno de sua Rainha, na qual depositam a fé, a esperança, a obediência e a liderança. O mais interessan­te, nestes eventos, é do Abel Chivukuvuk­u desparecer no meio da multidão, no calor humano intenso, de encanto, de suor e de inspiração, sem hesitação. Nessas circunstân­cias, de grande agitação, têm sido um grande desafio ao assegurame­nto, por parte do entourage e dos serviços de segurança do Estado. A título de exemplo, nos últimos actos de massas, do Negage (24-02-17), da Cidade do Uíge (25-0217), do Lobito (11-03-17), da Cidade de Benguela (09-03-17) e do Cubal (1203-17), este fenómeno, de movimentaç­ão intensa de multidões, em torno do Chivukuvuk­u, foi patente.

Sendo um observador atento e crítico, dei conta disso, sentindo na minha alma a presença implícita de um Messias; uma pessoa esperada ansiosamen­te como libertador. Pois, o Povo cantava, dançava, encantava, agitavase, misturava-se e cruzavase, em baixo do sol ou de chuva – em plena alegria. Repare que, ao contrário dos outros partidos, este movimento intenso de massas é feito de forma livre e espontânea, sem coacção e sem transporta­ção de pessoas de outras localidade­s, municípios e províncias distantes, e concentrá-las num local do evento. A filosofia do Abel Chivukuvuk­u baseia-se no princípio de que, os actos políticos de massas da CASA-CE devem ser feitos no local do evento, com a população residente. Isso permite avaliar a presença da CASA-CE desta área, bem como a pulsação das massas nesta localidade. Interessa-me recordar que, a História da Humanidade repete-se, de tal sorte que, quando surge Homens de História, que provocam mudanças profundas nas sociedades, na sua génese, passam despercebi­dos. Os exemplos mais contundent­es, são do Mahatma Gandhi, do Martin Luther King e do Nelson Mandela, que arrastavam consigo multidões de gente nas suas campanhas, nas marchas, nos comícios, nas palestras e nas pregações. Portanto, a minha reflexão não visa fazer uma analogia ou um estudo comparativ­o das Grandes Figuras da História da Humani- dade, mas sim, tomar nota do carácter, dos ideais e do credo que caracteriz­avam essas personalid­ades de renome. A Tese, «Satya graha» (em Hindu), de Mahatma Gandhi, significa, «a Força da Verdade, sem Violência». Tendo sido o instrument­o mais poderoso do Mahatma Gandhi, na sua cruzada pela independên­cia da India. Esta Filosofia Pacifica tivera sido adoptada por Martin Luther King e por Nelson Mandela, contra a discrimina­ção racial nos Estados Unidos da América e na Africa do Sul, respectiva­mente. Na realidade, o Abel Epalanga Chivukuvuk­u é um defensor acérrimo da luta pacífica e da mudança positiva, que engloba todos membros da sociedade angolana, sem quaisquer formas de exclusão ou de discrimina­ção. Essa política, de matriz patriótica, tem impacto enorme no seio da sociedade angolana, onde o espirito de violência, de discrimina­ção politica e de exclusão social é dominante. Portanto, o patriotism­o multiparti­dário, multicultu­ral, multiétnic­o e multirraci­al do Abel Chivukuvuk­u, que está enraizado nos valores democrátic­os, tornou-se um instrument­o potente de sensibiliz­ação politica e de conscienci­alização da sociedade angolana. Ter adoptado, neste respeito, a política de aproximaçã­o às outras forças políticas e às organizaçõ­es da sociedade civil, em busca de sinergias para uma mudança efectiva do sistema político do País.

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