Folha 8

MONUMENTAL ESCÂNDALO COM OS BOLSEIROS DAS FAA

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Com a formação das Forças Armadas Angolanas (FAA) em 1991 fruto dos Acordos de Paz de Bicesse, as FAA começaram a enviar os seus militares para vários países para formação nas academias e escolas, tendo em vista a sua superação técnica. Era necessário modernizar e acompanhar a dinâmica cada vez maior das técnicas militares. Contudo, os oportunist­as vocacionad­os para o enriquecim­ento fácil aproveitar­am esta oportunida­de para enviarem os seus filhos, amigos e outras pessoas sem vínculos às FAA para formação em cursos que não tinham qualquer proveito para as FAA. Esses só usam título de bolseiros para atingirem os seus objectivos académicos que em momento algum servirão as FAA. Este processo de Bolseiro das FAA serviu, e continua a servir, para o enriquecim­ento de muitos chefes pois, repare-se, ao analisar o número de bolseiros verifica-se que muitos não existem, sendo uma espécie de fantasmas. Atente-se que os serviços de Recursos Humanos das FAA têm um número que é diferente dos órgãos de ensino e estes por sua vez são diferentes dos que constam das folhas de salários que são enviadas para o banco pelos serviços de Finanças das FAA. De salientar que este processo de pagamento era feito pelos adidos militares e, como exemplo deste enriquecim­ento ilícito, aparece o caso do brigadeiro Augusto José do Nascimento “Dragão”, ex-adido de Defesa na Embaixada de Angola na Rússia, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Militar a três anos e oito meses de prisão por crime de abuso de confiança. Durante os quatro anos do seu mandato concluído em 2014, extraviou bens militares: Valores destinados ao pagamento de subsídios dos Bolseiros das FAA. Este caso veio à superfície porque as comadres se zangaram e a divisão dos valores foi mal feita. Em Agosto de 2014, o processo de pagamento passou a ser por cartão de crédito VISA, onde foi feita outra manobra que serviu para emitir cartões aos ditos fantasmas e aos filhos e amiguinhas de muitos chefes que não têm vínculos com as FAA, e são os priorizado­s em detrimento­s aos verdadeiro­s militares ou pessoal com vínculo às FAA e que, nesta altura, estão a caminho do quinto mês sem subsídio.

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