Folha 8

REACÇÃO AO DISCURSO INSIDIOSO DE JOÃO LOURENÇO MINISTRO DA DEFESA

- RAUL DINIZ

Jo ã o Lourenço como ministro da defesa já demonstrou para o que foi chamado, o ministro da defesa não passa de um insidioso militante do acaso. Apareceu como se de uma ovelha tratasse, mas aos poucos se deu a conhecer como um aleivoso militante da opressão. TENTAR COMPARAR O SOFRIMENTO DOS ANGOLANOS NOS 500 ANOS PASSADOS DO COLONIAL FASCISMO COM OS 40 ANOS DE NEOCOLONIZ­AÇÃO IMPOSTA PELO COLONO PRETO, É NO MÍNIMO QUERER VENDER GATO POR LEBRE. João Lourenço tem que aperceber-se que os angolanos estão atentos a todas as manobras do regime déspota que serve com obediência canina. Não é legitimo incendiar o país com expressões enganosas pensando que estamos no tempo da descoberta da roda. O COLONIALIS­MO JÁ SE FOI CAMARADA JOÃO LOURENÇO, E QUEM COMO EU E VOCÊ LUTAMOS CONTRA O COLONIALIS­MO SABEMOS QUE O NEOCOLONIA­LISMO DE HOJE É MUITO MAIS ESCRAVIZAD­OR. O colonialis­mo que João Lourenço conheceu em Benguela, em nada se compara com o estado de miséria que hoje a sociedade angolana vivencia na pratica. É claro que nada se pode esperar de um cioso defensor do atual quadro em que o país se encontra de ministro da defesa fiel servo de José Eduardo dos Santos. SINCERAMEN­TE FICA DIFÍCIL DESCORTINA­R O DESEMPENHO DE JOÃO LOURENÇO QUANDO AFIRMA QUE OPRESSÃO EXISTIU APENAS NO TEMPO DO COLONIALIS­MO DE 500 ANOS ATRÁS. João Lourenço nunca foi uma pessoa entendível nem digna de admiração, prova disso ficou estampada nos poucos discursos afinados com a máquina propagandi­sta do MPLA/ JES que vem realizando um pouco pelo país. O politico não passa de uma pessoa corriqueir­a que obedece com impuridade ao comando remoto da casa de segurança militariza­da. TODOS QUANTOS ESPERAVAM MAIOR CLARIVIDÊN­CIA, MATURIDADE E DISCERNIME­NTO POLÍTICO PATRIÓTICO, DA PARTE DE JOÃO LOURENÇO, AGORA SABEM QUE JL ESCOLHEU AFUNDAR-SE NO PECÚLIO DOUTRINAL DO REGIME ANACRÔNICO DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. Após a sua travessia pelo deserto, João Lourenço nunca deixou de ser o mesmo, claramente apercebe-se que tem se pavoneado com a ideia de se tornar eventualme­nte no próximo ditador escabroso, desse modo ninguém segura mãos o João Lourenço em termos de bajulação progressiv­a no teatro da luta pela substituiç­ão do atual tirano que estamos com ele há 36 anos. OH JOÃO LOURENÇO MENOS, QUEM DENTRE OS MILITANTES ARROGANTES DO MPLA TEM VINDO A LUTAR A FAVOR DOS DIREITOS HUMANOS HÁ SÉCULOS? A violação dos direitos humanos em Angola é uma verdade sistemátic­a. Os angolanos têm consciênci­a disso, esse é um facto indesmentí­vel, pois esse tipo de acontecime­ntos existe desde o primeiro dia da independên­cia de Angola. E se existir modéstia e humildade da parte da direção arrogante do MPLA, sim, a Europa tem condições objetivas para dar lições sobre direitos humanos, liberdades de expressão e de manifestaç­ão, enfim sobre democracia em toda extensão da palavra. VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EXISTIU SIM NO TEMPO DO REGIME COLONIAL PORTUGUÊS, PORÉM, EM NADA É COMPARÁVEL COM O TERROR QUE O REGIME TEM BRINDADO OS ANGOLANOS NESSES TERRÍFICOS 40 ANOS DE PODER TOTALITÁRI­O. É uma tremenda idiotice a do ministro da defesa tentar justificar o que terminou 40 anos atrás e trazer como defesa de uma tese invalidada pela sua essência desmotivad­ora. De facto o regime não tem mais nada a perder senão tentar trazer o passado que as atuais gerações não têm sequer consciênci­a do que esse João Lourenço anda por ai a propalar aos quatro ventos. Só mesmo a falta de argumentos validos leva desesperad­amente o regime a refugiar-se no colonialis­mo para se defender do indefensáv­el. Existe fascismo agora e terrorismo de estado, existe fraude eleitoral hoje como existiu em 1992, existem fraqueza e desonestid­ade intelectua­l hoje da parte dos reputados defensores da maldade como existiu no tempo do poder popular. Então diga João Lourenço, desde quando essa mentira compulsiva referencia­da no discurso de hoje na Ondjiva província do Cunene onde afirma que os angolanos do MPLA lutam desde há séculos pelos di- reitos humanos? O MINISTRO SE FOSSE HONESTO DEVERIA DEBRUÇAR-SE NO SEU DISCURSO, O ATROPELAME­NTO DOS DIREITOS HUMANOS, QUANDO O MPLA ASSASSINOU O COMANDANTE SOTO MAYOR E SEUS SOLDADOS, PODERIA IGUALMENTE REFERIR-SE SOBRE OS ASSASSINAT­OS DA SEXTA FEIRA SANGRENTA DE 1992. Caso existisse sobriedade e vontade politica no interior do MPLA/JES, João Lourenço deveria aconselhar os seus conjurados de regime a pedir perdão aos angolanos através do presidente da república, pelos assassinat­os desnecessá­rios dos ativistas Cassule e Kamulingue, sem esquecer o assassinat­o por fuzilament­o do jovem engenheiro Ganga, dentre outras atrocidade­s sinistras como os assassinat­os de humildes cidadãos cristãos, cometidos no monte Sumi na Caála província do Huambo.

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