EM 2008 COMEÇOU A COMPRA DE PORTUGAL
Desde 2008 que a rainha santa Isabel dos Santos tem vindo a acumular um autêntico império em Portugal. Nada de anormal. Segundo o português Diário Económico, a esposa de Sindika Dokolo, recentemente medalha de ouro das “olimpíadas” demagógicas da Câmara Municipal do Porto liderada por Rui Moreira, tem investimentos directos na banca, nas telecomunicações, na energia e no imobiliário, e indirectos em quase tudo o resto. Diz o jornal que já investiu um total de três mil milhões de euros em Portugal. Uma das mais recente chocadeira foi a compra da Efacec Power Solutions pela módica quantia de 200 milhões de euros. Isabel dos Santos, indifer- ente à crise petrolífera do país onde o seu pai é rei, continua a não ter dificuldades em descobrir onde chocar os ovos de ouro. Admitem os observadores que, ao comprar a Efacec, a rainha santa pretende transportar o centro de gravidade da multinacional para Angola, beneficiando das competências de engenharia do grupo que também actua nos sectores da energia, ambiente, serviços e transportes em vários países africanos, americanos e asiáticos. Feitas as contas, as participações de Isabel dos Santos em empresas cotadas em Portugal valem cerca de três mil milhões de euros, somando-se ainda os investimentos pessoais da empresária no sector imo- biliário. Nascida em 1973 em Baku (Azerbaijão, ex-união das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a URSS), Isabel é a primeira filha de José Eduardo dos Santos, um presidente que é um sério candidato a um qualquer Prémio Nobel e, igualmente, uma figura cuja visão é muito superior – segundo os seus súbditos – a Amílcar Cabral e Nelson Mandela. Perante a separação dos pais (a mãe é a jogadora de xadrez russa Tatiana Kukanova), Isabel foi viver com a mãe em Londres, onde estudou engenharia no King’s College, e conheceu o seu futuro marido, Sindika Dokolo, com quem se casou em 2002. Nessa época, contam os cronistas do reino, Isa- bel abriu o seu primeiro negócio, um bar na baía de Luanda. Terá sido nos recantos desse negócio que descobriu a mina, ou chocadeira, que a transformaria na mulher mais rica do continente africano… e arredores. Os cronistas anti-regime (leia-se defensores de um Estado de Direito) falam que o autor do milagre é, isso sim, o seu pai que, no uso dos seus poderes (que gosta de dizer que são democráticos), tem uma comissão em tudo quanto envolva dinheiro. Em Abril de 2015 foi notícia que todos os investimentos superiores a 10 milhões de dólares seriam exclusivamente tramitados pelo Presidente da República