Folha 8

NORUEGA APOIA O REGIME E O POVO QUE ESPERE

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Angola vai apoiar a Noruega na sua candidatur­a a membro não permanente do Conselho de Segurança da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU), para o período 2021-2022, em reciprocid­ade ao apoio que foi dado anteriorme­nte por Luanda. Amor (ao regime) com amor se paga. Vem de longe e promete continuar. Aposição foi assumida pelo Secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, no final do encontro que manteve, em Luanda, com a sua homóloga da Noruega, Tone Skogen, que realizou uma visita ao nosso país. Angola terminou em Janeiro último o mandato de dois anos como membro não permanente no Conselho de Segurança da ONU. Manuel Augusto disse que a governante norueguesa está em Angola para consultas políticas, na sequência da assinatura de um Memorando de Entendimen­to sobre consultas políticas bilaterais, aquando da visita do chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, ao país nórdico, em 2016. “A Noruega foi um dos primeiros países a reconhecer Angola, temos relações diplomátic­as desde 1976 e para não dizer mesmo que a Noruega também teve no apoio à nossa luta de libertação, através do comité dos países nórdicos, antes da nossa independên­cia”, elucidou Manuel Augusto. O governante angolano frisou que a Noruega é também um dos parceiros mais confiáveis de Angola, “embora discreto”, activo nos sectores dos petróleos, pescas e agricultur­a. “Para além de participar num fundo de investimen­tos, o FIPA, onde a Noruega com mais outros países e o banco BAI de Angola, têm financiado alguns projectos”, acrescento­u. Segundo Manuel Augusto, Angola “reputa de muito importante” as relações com a Noruega, lembrando que foi importante o seu apoio para a entrada de Angola no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “E naturalmen­te, Angola na base da reciprocid­ade vai apoiar a Noruega também quan- do chegar a altura da sua eleição”, disse. Durante a sua estada em Angola, Tone Skogen reuniu-se com responsáve­is do Governo angolano, sobretudo na área económica. Além das área em que já há cooperação, a Noruega quer participar no desenvolvi­mento do turismo, tendo as autoridade­s angolanas anunciado que muito brevemente o problema dos vistos, “que é fulcral para o desenvolvi­mento do turismo será resolvi- da”. A crise económica e financeira que afectou os dois países devido à baixa do preço internacio­nal do petróleo constrange­u o plano de Angola abrir na Noruega uma representa­ção diplomátic­a, que é uma prioridade para o Governo angolano “logo que as condições permitam”. “A Noruega é um bom exemplo, para Angola, porque conseguiu fazer do petróleo não só uma fonte de riqueza, mas um elemento de desenvolvi­mento. Como a secretária disse a queda dos preços do petróleo também afectou a Noruega, mas a economia norueguesa continua firme e pujante, porque souberam utilizar o petróleo para criar desenvolvi­mento e é este exemplo que Angola deve seguir”, disse o governante angolano.

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