ZANGAM-SE AS COMADRES… TALVEZ SE SAIBA A VERDADE
Apetrolífera norte- americana Cobalt anunciou que recorreu ao tribunal arbitral contra a Sonangol, acusando a empresa do regime angolano, liderada pela filha do Presidente José Eduardo dos Santos (nunca nominalmente eleito e há 38 anos no poder), de ter adiado decisões e assim ter prejudicado os resultados financeiros e impossibilitado a venda dos activos no país. “Podemos ficar impossibilitados de consumar a venda dos nossos activos angolanos em termos favoráveis, ou de todo”, lê-se no relatório de apresentação de resultados do ano passado, que foram negativamente afectados pelo registo de mais de 1,6 mil milhões de dólares de imparidades que têm de legalmente ser registadas enquanto o negócio não for concluído. A Cobalt, uma das maiores petrolíferas norte-americanas, está a explorar dois blocos em Angola, mas há anos que tenta vender a sua participação, mas para isso necessita que a Sonangol prolongue as licenças de exploração, algo que a companhia petrolífera angolana ainda não fez, impossibilitando, na prática, a saída da Cobalt da exploração petrolífera em Angola. “Antes de começar o procedimento de arbitragem, uma das partes tem de dar à outra um Aviso de Litígio descrevendo a natureza da disputa e a solução pretendida”, lê-se no documento, que explica que devido “aos atrasos da Sonangol e ao falhanço na atribuição das extensões”, a 8 de Março a Cobalt accionou o primeiro passo para resolver o assunto num tribunal arbitral, dando esse Aviso. “Se a Sonangol não resol- ver este assunto atempadamente e a nosso contento, vamos avançar com a arbitragem e nessa altura vamos procurar todos os ressarcimentos disponíveis na lei ou em activos”, lê-se no documento, que dá conta também de que, como os activos angolanos são indirectamente detidos por uma subsidiária alemã, a Cobalt diz-se “com direito a certas protecções” que resultam do acordo de investimento entre Angola e a Alemanha, assinado em 2003. A Cobalt tem 40% de participação no consórcio que explora os blocos 20 e 21 ao largo de Angola.
Podemos ficar impossibilitados de consumar a venda dos nossos activos angolanos em termos favoráveis, ou de todo”