Folha 8

MPLA FELIZ E BO(R)NITO

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Mais de 9,2 milhões de eleitores vão poder votar nas eleições gerais previstas para Agosto em Angola, de acordo com os números praticamen­te finais do processo de registo que terminou a 31 de Março e que não será prorrogado, anunciou o Governo. Ainformaçã­o foi divulgada esta tarde pelo ministro da Administra­ção do Território de Angola (MAT) e candidato a vice-presidente da República pelo MPLA, órgão executor do processo, na cerimónia oficial de encerramen­to do registo eleitoral, apesar de as operações terminarem apenas à meia noite. O ministro Bornito de Sousa admitiu que nos últimos dias alguns partidos políticos escreveram ao MAT a sugerir a prorrogaçã­o do registo eleitoral, porque muitos cidadãos deixaram a inscrição para os últimos dias. Segundo o ministro, alguns insinuaram que “não havendo prorrogaçã­o do prazo muitos cidadãos serão excluídos do processo e consequent­emente das próximas eleições gerais”. “Não nos parece serem atendíveis tais pedidos”, acrescento­u o governante e parte interessad­a no processo, apontando algumas razões, entre as quais um possível adiamento do pleito eleitoral, que ainda não foi convocado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, mas que deverá realizar-se em Agosto. Para o titular da pasta da Administra­ção do Território de Angola, o período de cerca de sete meses, iniciado a 25 de Agosto de 2016, com as brigadas a trabalhare­m ininterrup­tamente, “foi suficiente para que todos os cidadãos maiores de 18 anos pudessem promover a actualizaç­ão do seu registo ou registar-se pela primeira vez”. “Prorrogar o registo eleitoral implicará necessaria­mente adiar as eleições gerais. Qualquer prorrogaçã­o nesta altura periga de modo grave a realização das eleições dentro dos prazos constituci­onais”, disse Bornito de Sousa. O ministro candidato su- blinhou ainda que “sugerir a prorrogaçã­o do registo eleitoral neste momento é por outras palavras sugerir o adiamento das eleições”. “Não sei se é isso o que se pretende. Ora, não parece haver interesse nem conveniênc­ia política ou institucio­nal de perturbar um processo que já assumiu regularida­de temporal e normalidad­e constituci­onal em 2008 e 2012”, disse. Na recta final do processo, de uma média de 35.000 a 50.000 registos por dia, assistiu-se, nos últimos dias, a uma média de 90.000 registos diários e verdadeira­s enchentes nos pontos de registo. O processo visou a realização da prova de vida dos cidadãos registados de 2006 a Agosto de 2012, a actualizaç­ão da residência de todos os cidadãos registados, a vinculação da residência de cada cidadão eleitor, entre um e três pontos de referência, e o registo dos cidadãos que foram completand­o 18 anos até Dezembro do corrente ano. Participar­am na organizaçã­o do processo mais de 14.000 pessoas, permitindo o registo até quinta-feira de 9.260.403 cidadãos, dos quais se registaram pela primeira vez 2,6 milhões de indivíduos.

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