“TEMOS DE PAGAR O IMPOSTO”

Como tudo na vida, também, neste debate, não existe unanimidade, pois alguns advogam a urgência no pagamento do IPU, como Raul Muenho, morador do São Paulo, que ousa catalogar, de forma excessiva, os resistentes de analfabetos. “É só aqui (Angola) que o cidadão espera que o governo cria brigada de fiscalização para passar porta a porta, persuadindo-o a pagar o imposto predial, quando noutros países, isso já não é problema para ninguém. Só mesmo um indivíduo analfabeto e vazio se nega a pagar este imposto”, disse, acrescentando, “outros até, ironicamente, perguntam onde foram canalizados os dinheiros que o Estado arrecadara do petróleo ao longo dos anos. Isso é brin- cadeira, então as estradas, os catamarãs, as centralidades, o novo aeroporto, as pontes, os hospitais e muitos outros projectos não foram resultados dos lucros do petróleo?”, questionou o defensor da administração de José Eduardo dos Santos. No mesmo diapasão, um pouco mais comedido, Jorge Rafael advoga como importante o pagamento do imposto, para depois se cobrar melhor prestação de serviço a população por parte dos dirigentes. Por seu turno, o economista e professor na Universidade Católica de Angola, Dala Francisco Linha, considera ser obrigatório o pagamento do Imposto Predial Urbano, por parte dos singulares e empresas, por serem receitas, utilizadas pelos agentes do Estado, para sectores de serviço público, como a saúde e a educação. “O Imposto Predial Urbano é um valor monetário que cada cidadão deve pagar ao Estado pela posse, detenção, usufruto de imóvel ou de rendas referentes a imóveis. Este imposto incide sobre o valor patrimonial dos prédios, casas, moradias, terrenos ou sobre o seu rendimento caso estejam arrendados”, disse, acrescentando, que, “para o nosso bem socioeconómico, aconselho os cidadãos a pagarem os impostos e a se informarem como estão a ser gastos, porque os cidadãos que se negam ao pagamento do IPU, serão responsabilizados judicialmente, ou seja, responderão em tribunal”, informou.