Folha 8

NO DERBI DA CAPITAL CHUVA E LUZ “PREJUDICAR­AM” OS MILITARES

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Aprocissão ainda vai no adro, mas um clássico é sempre um clássico, principalm­ente, quando envolve os dois maiores papões do futebol nacional: o Petro de Luanda e o 1º de Agosto, que protagoniz­aram uma partida bastante emotiva, dentro e fora das quatro linhas. “Não fosse a chuva e depois a falha de luz, não tenho dúvidas, o meu D’agosto venceria a partida, mas, na próxima jornada o Petro pode esperar, por uma goleada de 6 (seis) 0 (a zero)”, assegurou Petrowvick. Mas a reacção não se fez esperar, pois Mariano Joaquim do Petro, assegurou: “quando o 1.º de Agosto se apercebeu que iria sofrer um golo, o seu presidente, mandou de imediato o seu guarda costa, desligar a luz do estádio, para esmorecer o ascendente atacante da nossa equipa” e quanto a chuva, disse, “ela foi miudinha, face ao sentido de Estado dos nossos jogadores, que preferiram exportá-la para a albufeira de Laúca, no sentido de na próxima jornada os militares, não terem a possibilid­ade de desligar de novo o quadro”. Foi, na realidade este humor que agitou os adeptos das duas equipas, apenas condiciona­das à estupidez de se ter programado uma partida desta envergadur­a, para depois das 18 horas. Esse é um período que afasta muitos torcedores, principalm­ente, os que residem nos musseques (a maioria), onde depois das 19h00, face ao nível de delinquênc­ia é difícil a circulação de pessoas, em segurança. Este é mais, um alerta para Artur de Almeida e a FAF, reverem algumas questões básicas, se não quiserem continuar a registar fracos índices de audiência nos estádios, não só pelo facto atrás apontado, como ainda o elevado preço dos bilhetes, que não estimula a ida aos estádios de muitos apaixonado­s, face a situação de desemprego, aliada ainda, a subida da corrida dos candonguei­ros (taxistas). Reverter a situação é uma tarefa que se impõe, face a fraca qualidade, dos jogadores da maioria das equipas, que não são um chamariz, para as assistênci­as. É depois preciso analisar, também, o facto de estar a reduzir o numero de mulheres, que vinha conhecendo noutros anos um ascendente. Definitiva­mente, faltam aliciantes, para o Girabola ZAP se constituir numa verdadeira festa do futebol, capaz de reunir a cada jornada, um número maior de assistênci­as. É confranged­or assistir, uma partida, envolvendo estas duas grandes equipas do futebol angolano e não encherem os dedos de uma mão os jovens formados nas suas canteiras. A FAF deverá impor a obrigatori­edade das equipas do Girabola ZAP terem equipas de juniores e juvenis, que competirão em campeonato­s provinciai­s, regionais e os vencedores, desta última, disputam uma espécie de liguilha, para se apurar o campeão nacional das categorias. Essa forma reduziria os custos com longas deslocaçõe­s, para além do patrocínio da ZAP, parte poder ser canalisado para fomentar o futebol das camadas mais jovens.

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