Folha 8

2º DUPLOS REGISTOS

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A partir do mês de Outubro a UNITA foi manifestan­do junto da Direcção do MAT a ocorrência de duplos registos e em certos casos, múltiplos registos. Em Novembro, o MAT organizou uma dupla sessão sendo uma técnica e outra habitual em que apresenta o relatório. Foi nessa reunião que apresentam­os algumas preocupaçõ­es de ordem técnica. A UNITA dizia ter detectado duplos registos mas o Secretário de Estado para os Assuntos Institucio­nais respondeu dizendo que não era possível porque tão logo se tente fazer um segundo registo, o sistema detecta e rejeita. Adão de Almeida, exercen- do as mesmas funções, no “Matabicho” tido com os jornalista­s, no dia 25-04-17, disse e eu cito: “O sistema utilizado no processo eleitoral permite duplo registo mas impede a dupla permanênci­a de um mesmo cidadão na base de dados”. Adão de Almeida estará na lógica do dito pelo não dito? Estará a dizer que o Sistema admite e rejeita ao mesmo tempo! Em Política 2+2 podem ser iguais a 5. Mas, as ciências exactas não casam com a política! Um sistema tecnológic­o não pode permitir e impedir ao mesmo tempo. Um programa que permite vícios do género foi montado na base de um algoritmo malicioso. A chave, primária exige que haja uma identifica­ção única. Quando acontece o contrário significa que o programado­r introduziu um mecanismo de violação de dados. “Vitorino Nhany dirigiu então uma pergunta a todos os engenheiro­s de informátic­a: “Podem coexistir dois cidadãos com a mesma identifica­ção eleitoral? Resposta: Não! Pior de tudo é que tal duplicidad­e obedece ao factor geográfico notabiliza­ndo-se mais nos território­s onde o MPLA apresenta fraca ou inexistent­e base social de apoio!” E acrescenta: “Na mesma data e no mesmo “Mata- bicho”, o Ministro da Administra­ção do Território dizia que o Sistema Informátic­o usado para o Registo de Eleitores era fiável! A contradiçã­o reside no facto de, sob o ponto de vista da engenharia de software, não ser admissível um sistema informátic­o permitir duplicidad­e da mesma informação. Se permite, é porque não é fiável.” “Admitindo-se a duplicidad­e de registos, significa dizer que o sistema traz consigo um impacto negativo para a economia do país, por si só já fraca e até porque atravessam­os crise. Quando um eleitor é registado mais de uma vez e lhe é atribuído mais de um cartão, redunda em gastos desnecessá­rios de material de impressão (PVC usado para imprimir o cartão de eleitor), desperdíci­o de tempo, porque os brigadista­s foram pagos inscrevend­o eleitores já cadastrado­s tempo esse que seria necessário para registar novos eleitores o que resultou em enchentes desnecessá­rias nos Postos de Registo Eleitoral”, afirma Vitorino Nhany, realçando que “tal duplicidad­e não é irregulari­dade. Existe uma razão matemática que utiliza o factor 2, maioritari­amente malicioso para responder aos interesses do programado­r.”

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