Folha 8

GOVERNO DE ANGOLA SEMPRE A LIDERAR OS MAUS

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Angola é o país africano de língua portuguesa com pior classifica­ção no índice de liberdade de imprensa da Freedom House, enquanto Cabo Verde é líder na África Subsariana, seguido de São Tomé e Príncipe. O relatório “Liberdade de Imprensa 2017”, daquela organizaçã­o com sede em Washington, nos EUA, agora divulgado, mostra que entre os 50 países e território­s investigad­os no continente, Angola ficou na 37ª posição, com 73 pontos numa escala de 0 (melhor) a 100 (pior), e no grupo dos países não-livres em matéria de liberdade de expressão e de imprensa. A nível mundial, Angola ficou na 159ª posição, num universo de 199 países e território­s analisados. Por seu turno, Moçambique e Guiné-bissau estão no grupo dos países parcialmen­te livres. O país do Índico ocupa a 13ª posição no continente e a 96ª a nível mundial, com 48 pontos na escala de 0 (melhor) a 100 (pior). A Guiné-bissau surge mais abaixo no índice, no lugar 28 em África e 128 a nível global, com uma pontuação de 59. Cabo Verde e São Tomé e Príncipe surgem nos dois primeiros lugares do índice de África, respectiva­mente, e am- bos integram o grupo de países livres, tanto a nível da liberdade de expressão como de imprensa. Com 27 pontos na mesma escala, Cabo Verde ocupa a 48ª posição a nível mundial. São Tomé e Príncipe, que é segundo em África, situa-se no 53º lugar a nível global, e com 28 pontos. A seguir aos dois arquipélag­os lusófonos, nos primeiros cinco lugares do continente africano surgem as ilhas Maurícias, Namíbia e Gana. No fim da lista, estão Gâmbia, GuinéEquat­orial e Eritreia. A Freedom House revela que nos 50 países e território­s da África Subsariana, num total de mil milhão de pessoas, apenas seis por cento vivem em países considerad­os livres, tanto quanto à liberdade de expressão como de imprensa. Mais de metade, 54 por cento, vive em países parcialmen­te livres e 40 por cento em Estados ou território­s não-livres. Os investigad­ores exemplific­am que em cada 100 africanos ao sul do Sahara, apenas um desfruta da liberdade de imprensa. Com o título “Liberdade de imprensa sofre com líderes que se agarram ao poder”, o relatório da Freedom House considera que a maioria dos países da região registou um de- clínio da liberdade de imprensa em 2017, devido à agitação política, supressão ou adiamento de eleições e uma maior repressão por parte dos líderes políticos. No seu relatório referente ao ano de 2016 no mundo, a Freedom House revela que a liberdade de imprensa caiu globalment­e para o seu pior nível nos últimos 13 anos devido a ameaças sem precedente­s contra jornalista­s e meios de comunicaçã­o nas principais democracia­s, aumento de repressões por Estados autoritári­os e o cresciment­o da influência da Rússia e da China para além das suas fronteira. Em termos gerais, “somente 13 por cento da população mundial goza de uma imprensa livre, ou seja de um ambiente em que a imprensa faz uma forte cobertura dos factos, a segurança é garantida, a influência do Estado no sector é mínima e os meios de comunicaçã­o não estão sujeitos a onerosas pressões jurídicas e económicas”. Ainda de acordo com o relatório daquela organizaçã­o, 42 por cento da população mundial tem uma imprensa parcialmen­te livre, enquanto 45 por cento vive em países onde a imprensa não é livre.

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