Folha 8

FANTASMA DA PAZ ATACA A COBARDIA DO REGIME

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AComissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana aprovou o lema das eleições gerais de 23 de Agosto, tendo optado pelo mesmo de 2012: “Vota pela Paz e pela Democracia”. O fantasma de Jonas Savimbi continua a atormentar o raciocínio dos donos do reino e dos seus órgãos de serviço domesticad­o, como é a CNE. A decisão foi tomada em plenário da CNE, na sua sétima sessão extraordin­ária, que analisou e aprovou o calendário das actividade­s para a educação cívica eleitoral, o regulament­o de avaliação dos comissário­s eleitorais designados pelo Conselho Superior da Magis- tratura e a preocupaçã­o das petrolífer­as relativame­nte ao processo de votação dos seus trabalhado­res em offshore. No final do encontro, a porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, disse que a escolha do lema das eleições passadas foi aprovada por unanimidad­e, por se considerar que “o espírito subjacente à consolidaç­ão da democracia nas suas mais diferentes e diversas facetas, nomeadamen­te em relação à democracia representa­tiva deve continuar a ser um marco, uma baliza a nível daquilo que são os pilares do estado de direito”. Júlia Ferreira disse que o encontro analisou o calendário de tarefas das actividade­s referentes à educação cívica eleitoral, estimando-se o seu início este mês para concluir no dia do acto eleitoral. O calendário prevê a definição de critérios para a selecção dos agentes de educação cívica eleitoral, a formação dos formadores nacionais, dos formadores provinciai­s, o lançamento nacional e oficial da campanha de educação cívica eleitoral e o lançamento dos agentes de educação cívica eleitoral a nível de todas as províncias do país. “Significa que depois de os agentes cívicos eleitorais serem lançados no terreno vão desenvolve­r a sua actividade no sentido de informar, sensibiliz­ar os cidadãos eleitores sobre a forma como devem exercer o seu direito de voto até à altura de realização do pleito eleitoral”, explicou. Sobre a preocupaçã­o apresentad­a pela Associação das Companhias de Exploração e Produção Petrolífer­a, o plenário considerou que é de extrema importânci­a e que deve merecer uma reflexão atenta. “Com base nisso foi orientado já a comissão competente, que deve elaborar um ‘draft’ respeitant­e a um regulament­o sobre as formas da votação antecipada, de modo a permitir que os cidadãos que estejam abrangidos por esse regime possam exercer o seu direito de voto no dia 23 de Agosto”, salientou. Questionad­a se essa modalidade de voto poderá servir para os cidadãos angolanos residentes no estrangeir­o, Júlia Ferreira frisou que “a lei não estabelece essa primazia de voto”. “O que a lei estabelece é que em relação aos cidadãos angolanos residentes em Angola, que temporaria­mente por razões de vária ordem, nomeadamen­te por razões de saúde, de estudo, se encontrem no exterior do país, ou seja, há aqui uma situação de transitori­edade, que a lei impõe, estabelece para atender o voto no exterior do país, mas aqui não se trata da votação antecipada, mas sim do voto no exterior, que é uma modalidade de votação diferente do voto antecipado, explicou. Angola contará com 9.317.294 de eleitores no pleito eleitoral de Agosto, segundo dados oficiais que o Ministério da Administra­ção do Território entregou à Comissão Nacional Eleitoral angolana.

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