E A OPOSIÇÃO REAGE MAS NUNCA AGE
Diante desta tremenda insatisfação, os partidos políticos da oposição persistem na jogada habitual de apontar o dedo e nunca agir em conformidade com os anseios dos governados. Por parte da UNITA, a deputada Mihaela Webba explicou que, num momento de “profunda crise”, o seu partido votou contra a aprovação “imoral” das verbas para a compra dos carros de luxo. “A UNITA vence as eleições, vamos cancelar este contrato”, prometeu a deputada. Face à afirmação, vários cidadãos questionaram qual seria a posição da UNITA quanto aos carros de luxo, caso não vencer as eleições de 23.08.2017. Lindo Bernardo Tito, de- putado da coligação CASA-CE, defendeu que não deveria ser a actual legislatura a decidir ou tomar decisões sobre práticas da futura legislatura.
“Seria mais proveitoso injectarem dinheiro para que cada deputado tivesse dois assistentes e não mordomias” disse Lindo Bernardo Tito, acrescen- tando que os deputados poderiam solicitar crédito ao banco para aquisição de viaturas que pretenderem a semelhança do que acontece em outros paí- ses. Deste modo e como habitualmente, a oposição reagiu, não apontando pela realização de nenhuma acção que possa compelir a Assembleia Nacional a retroceder de decisão que evidência a priorização de objectivos desnecessários. O esbanjamento de fundos públicos pela Assembleia Nacional e por membros da pequena elite endinheirada angolana, em detrimento de quase 30 milhões de angolanos, como o caso de Eduane Danilo Lemos dos Santos, comprova, mais uma vez, que o país não está em crise, mas sim que esta é mais uma estratégia do partido no poder para ludibriar o povo, e no final aparecer como o salvador da Pátria.