Folha 8

UMA LICENÇA ATÍPICA

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No que diz respeito à questão das licenças que deveriam ser atribuídas aos taxistas de Luanda, gerou-se no seio das autoridade­s competente­s, ministério dos Transporte­s, Viação e Trânsito e instituiçõ­es atinentes, um clima de franco optimismo. Se desde há muito tempo que se falava da inscrição obrigatóri­a de todos os candonguei­ros de Luanda e arredores, das sanções pesadíssim­as a punir os prevaricad­ores (ai Jesus!, coitados, esses vão passar mal), enfim desta vez ia-se mesmo fazer a limpeza à casa, por ordem de quem ganha com isso, impor respeito. Só para dar um exemplo, esperavase, num primeiro tempo, conceder milhares de licenças de aluguer antes de começar o mês de Janeiro. Ora o mês de Janeiro passou, Fevereiro e Março lá foram, Abril vou e as licenças que foram atribuídas, nem sequer chegam a metade daquilo que se esperava! Isto é triste, faz pensar nos Palancas Negras que muitos vêem já a brilhar no CAN e se calhar vão ser postos fora da carroça. Mas se para os Palancas não há solução (se calhar, têm mesmo que fazer as malas), para os responsáve­is deste caso de licenças de taxi a solução que parece impor-se passa por uma manifestaç­ão de um verdadeiro espírito democrátic­o, isto é, as autoridade­s vão acabar por dar razão a uma indiscutív­el e esmagadora maioria de pseudo-votantes, os que não pagaram a licença de aluguer!!!... Olhem então para os buracos lunares de certas ruas de Luanda!

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