UMA LICENÇA ATÍPICA
No que diz respeito à questão das licenças que deveriam ser atribuídas aos taxistas de Luanda, gerou-se no seio das autoridades competentes, ministério dos Transportes, Viação e Trânsito e instituições atinentes, um clima de franco optimismo. Se desde há muito tempo que se falava da inscrição obrigatória de todos os candongueiros de Luanda e arredores, das sanções pesadíssimas a punir os prevaricadores (ai Jesus!, coitados, esses vão passar mal), enfim desta vez ia-se mesmo fazer a limpeza à casa, por ordem de quem ganha com isso, impor respeito. Só para dar um exemplo, esperavase, num primeiro tempo, conceder milhares de licenças de aluguer antes de começar o mês de Janeiro. Ora o mês de Janeiro passou, Fevereiro e Março lá foram, Abril vou e as licenças que foram atribuídas, nem sequer chegam a metade daquilo que se esperava! Isto é triste, faz pensar nos Palancas Negras que muitos vêem já a brilhar no CAN e se calhar vão ser postos fora da carroça. Mas se para os Palancas não há solução (se calhar, têm mesmo que fazer as malas), para os responsáveis deste caso de licenças de taxi a solução que parece impor-se passa por uma manifestação de um verdadeiro espírito democrático, isto é, as autoridades vão acabar por dar razão a uma indiscutível e esmagadora maioria de pseudo-votantes, os que não pagaram a licença de aluguer!!!... Olhem então para os buracos lunares de certas ruas de Luanda!