PARA O REGIME AS CRIANÇAS ATÉ PODEM FARELO COMER…
Governo ango lano anunciou a instituição do Sistema de Alerta de Rapto de Menores (SARM), para reforçar o combate aos crimes contra crianças em Angola, nomeadamente rapto e tráfico, recorrendo por exemplo a informação nas redes sociais. O maior crime contra crianças é cometido pelo próprio regime (somos o país com o maior índice mundial de mortalidade infantil), mas essa é outra história. O projecto de criação do SARM foi analisado no dia 06.06, em Luanda, durante a reunião ordinária da comissão para a política social do Conselho de Ministros, numa proposta do Ministério da Reinserção Social. “É um mecanismo que deverá ser alertado a nível das redes sociais, a nível da comunicação das autoridades locais e mobilizar toda a sociedade, todas as pessoas. Quando se acciona esse mecanismo de alerta, toda a gente sabe, está informada, deve usar todos os mecanismos para denunciar o desaparecimento de uma criança”, disse o ministro da Reinserção Social, Gonçalves Muanduma, em declarações aos jornalistas no final da reunião. De acordo com informação transmitida também no final desta reunião, orientada pelo vice-presidente da República, Manuel Vicente, o SARM é um diploma iploma que vai regular a recolha junto da população o de “informações susceptíveis” ptíveis” que possam “ajudarar as autoridades de investigação tigação criminal a que mais facilmente localizem e libertem um menor após o seu rapto”. Páginas as de internet, linhas telefónicas nicas de apoio, comunicação cação social e redes sociais is serão formas de agilizar ar a recolha e participação ção de informação às autoridades idades policiais, em caso de alerta de rapto. Por outras palavras, o regime propõe-se tapar o sol com uma peneira, estando-se mais uma vez nas tintas para a eficiência de um sistema que deveria ser vocacionado para um país que tem 20 milhões de pobres e que, isso sim, precisava de alerta para o que é prioritário: comida, saúde, medicamentos, emprego, casa etc.. “Este sistema constitui um mecanismo de reforço dos meios de combate aos crimes contra crianças, especialmente o rapto, o tráfico de menores e outras formas de violência contra a criança”, refere o comunicado final da reunião do Conselho de Ministros, mas sem adiantar mais pormeno- res sobre o novo sistema. O rapto de menores, sobretudo para trabalho clandestino em países vizinhos, é um problema reconhecido pelas autoridades angolanas. Já a mortalidade infantil, a fome, as doenças não são um problema reconhecido por essas mesmas autoridades.