Folha 8

A CONTESTAÇíO

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A 07.05.2017, durante uma conferênci­a de imprensa ocorrida no Hotel Epic Sana, em Luanda, alguns partidos da oposição, nomeadamen­te a UNITA, a CASA-CE, o PRS e a FNLA, revelaram que a decisão da contrataçã­o da Indra e da Sinfic, empresas que forneceram tais serviços à CNE nas eleições de 2008 e 2012, não foi aprovada pelo Plenário de comissário­s eleitorais, mas sim ilegalment­e pelo presidente do mesmo órgão eleitoral, André da Silva Neto, que também ocultou o relatório final da Comissão de Avaliação das propostas solicitada­s. Na mesma senda, no mês de Maio, o Serviço Nacional de Contrataçã­o Pública (SCP) alertou a CNE para “problemas no processo de adjudicaçã­o por contrataçã­o simplifica­da” das empresas Indra e Sinfic, chamando a atenção para a “necessidad­e de se cumprir a Lei da Contrataçã­o Pública”, através de um concurso público. As informaçõe­s foram publicadas pelo jornal económico Expansão, citando fonte do Ministério das Finanças. Em reunião com a oposição, a 09.05.2017, a CNE admitiu e prometeu corrigir erros ocorridos na realização do concurso público na modalidade de Contrataçã­o Simplifica­da para prestação de serviços no âmbito do material de votação pela empresa Indra, e na solução tecnológic­a e gestão do Ficheiro Informátic­o de Cidadãos Maiores (FICM) pela empresa portuguesa Sinfic. A 24.05.2017, a CNE, através da sua porta-voz, Júlia Ferreira, recuou na sua decisão de corrigir os erros e considerou como legítimo o processo de selecção e adjudicaçã­o da contrataçã­o da Indra e Sinfic, contrarian­do as críticas dos partidos da oposição.

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