CONTINUEMOS A USAR A MEMÓRIA
Angola constava (será que ainda consta?) entre os países que corria o maior risco de serem afectados por ataques terroristas durante os próximos anos, referia um relatório internacional sobre a evolução do terrorismo no mundo, divulgado no dia 18 de Novembro de 2014 em Londres. O relatório 2014 Global Terrorism Index – GTI (na versão em inglês), apresentado em Londres pelo Institute for Economics and Peace (IEP), colocava Angola num grupo de 13 países em risco de um aumento substancial de terrorismo. A par de Angola, o instituto, que tem sede na Austrália, identificou ainda os outros países: Bangladesh, Burundi, República Centro-africana, Costa do Marfim, Etiópia, Irão, Israel, Mali, México, Birmânia (Myanmar), Sri Lanka e Uganda. “As conclusões deste relatório também são úteis para fornecer uma orientação para a avaliação do risco de futuros ataques terroristas em países onde existem actualmente baixos níveis de actividade. Ao medir e comparar vários indicadores políticos, sociais e de violência, os países em risco de um aumento substancial de terrorismo podem ser identificados”, explicava o IEP, no relató- rio. Para tal, corrobore-se, a análise da organização teve em conta vários factores como a ocorrência de execuções extrajudiciais, a falta de direitos políticos das mulheres, a falta de coesão intergrupal ou a instabilidade política. “Ao analisar os países que vivem em paz, mas que têm altos níveis de perseguição política e baixos níveis de coesão intergrupal é possível identificar os países em risco de aumentar a actividade terrorista”, referia o mesmo documento. Será que o Governo de Ângelo Veiga Tavares se recorda disto? Provavelmente não! O relatório GTI, lançado em 2012 e que utiliza as informações recolhidas pela base de dados Global Terrorism (da universidade norte-americana de Maryland), estuda a evolução dos ataques terroristas em 162 países desde 2000.