Folha 8

A BALADA DO TRAPACEIRO

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Preparados para não governar Os que trabalham apear Sabiamente vão saquear E muito, muito vão badalar Estou no cativeiro Sem luz de candeeiro No pardieiro Na cidade do chiqueiro Nem dá para acreditar Para onde isto está a caminhar Ontem ainda dava para sonhar Agora só dá para desalentar Quando um desumano passa Deixa muita trapaça E assim a continuar A nossa vida vai desgraçar Quando o acto de nascer É para sofrer É de estarrecer Nada tem de viver A medíocre informação Da rádio, jornal e televisão Precisam de um forte abanão Parem com a destruição Bocas imundas a falar Não, estão a ladrar Vendidas ao poder do dólar À falsidade do bajular Serpentes venenosas nos abraçam Como animais ferozes nos caçam Com palavras nos enlaçam Como Brutus nos despedaçam Políticos de arte escabrosa Fazem-nos a vida venenosa Políticos de profissão airosa Eleitos pela corrupção poderosa E para que serve a CPLP Essa coisa faz o quê Assim que nasceu Pouco depois morreu Onde há corrupção Não há fiscalizaç­ão E o burlão Enche a mão

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