DOS SANTOS ACABA COM A CLANDESTINIDADE E OFICIALIZA O VERDADEIRO PODER DE “KOPELIPA”
Ogeneral Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, ministro de Estado e chefe da Segurança da Presidência da República, emerge da clandestinidade e assume à luz do dia o que nos bastidores, corredores do poder e da sociedade civil, há muito se cogitava, o homem, desempenha, de facto, alternadamente, quer o papel de Presidente, quer o de vice-presidente da República. Agora através do Despacho Presidencial 147/17 de 19 de Junho, ferido de inconstitucionalidade, promulgado pelo Presidente da República, o seu braço direito vai desempenhar, em exercício, as funções de vice-presidente, que já o é “de facto”, pese estar atrasado o “de jure”, que agora acopla, por Manuel Vicente, o titular do cargo se encontrar indisponível por doença. Real ou falso o único e actual ministro de Estado (foram extintos os ministro de Estado da Casa Civil e da Economia e Finanças), detém, fruto de muitas cumplicidades, algumas espúrias, com o mais alto magistrado do país, poder real de controlo das máquinas do Estado: a bélica, a administrativa e todas as restantes que, ao fim e ao cabo, depen- dem destas. Daí não espantar que sob o seu poder tenham desfilado os grandes dossiers do país, desde a compra de armamento militar à Rússia, Israel, China e traficantes internacionais de armas, como Pierre Falcone e Gaydamak, ao financiamento da China, para as obras megalómanas de betão, do Gabinete de Reconstrução Nacional. O general Kopelipa é, também, apontado como coordenador do enriquecimento ilícito da família presidencial e da elite governante que descamba na corrupção institucional, responsável ainda, pela falência criminosa do Banco CAP (Caixa Agro-pecuária) e do BESA (Banco Espírito