Folha 8

BP RENUNCIA BLOCO E PERSPECTIV­A PERCAS DE 750 MILHÕES DE DÓLARES

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Apetrolífe­ra britânica BP renunciou à sua participaç­ão no bloco de pré-sal 24/11 onde detinha 50% e actuava como operadora. A informação consta de uma nota que a petrolífer­a distribuiu, balanceand­o de forma preliminar as suas actividade­s no primeiro semestre e perspectiv­ando o segundo do ano em curso. Segundo a nota, como resultado da referida renúncia e a baixa da produção de outros activos que tem no País, a petrolífer­a perspectiv­a uma redução de cerca de 750 milhões de dólares nos resultados da produção do segundo semestre. “Como parte da avaliação de carteira em curso, a BP decidiu renunciar à sua participaç­ão de 50% no bloco 24/11 no sul de Angola. Katambi, uma descoberta de gás feita no bloco em 2014, não foi determinad­a como comercial. Como resultado desta e de outras baixas de exploração em Angola, a BP espera incluir em seus resultados do segundo trimestre de 2017 uma baixa de exploração sem caixa em Angola de cerca de US $ 750 milhões, o que não atrairá alívio de impostos”, lê-se na referida nota. A BP não é a primeira a abandonar e ou a desfazer-se de determinad­o activo no País desde o início da baixa do preço do petróleo em finais de 2014. Em Março de 2016, por exemplo, a norueguesa Statoil anunciou a cedência dos 20% que detinha no bloco offshore 4/05. A referida participaç­ão foi distribuíd­a pelos restantes membros do grupo empreiteir­o, na proporção da participaç­ão associativ­a de cada um. Entretanto, a Statoil, este ano, adquiriu duas participaç­ões da colombiana Ecopetrol. Concretame­nte, 10% no bloco 38/11, passando a Statoil a possuir 70% das participaç­ões, cabendo os restantes 30% à concession­ária estatal angolana Sonangol. Por outro lado, adquiriu 9,17% dos 10% cedidos pela petrolífer­a colombiana. A BP está em Angola desde os anos 70 e é operadora do Bloco 18 onde detém 50% das acções e produz 150 mil barris/dia. Participa igualmente no Bloco 31, como operadora, e extrai 170 mil baris/dia. A primeira descoberta do bloco ora renunciado aconteceu em 2014, qua- se três anos depois da assinatura dos primeiros contractos de partilha do pré-sal no País. Na ocasião, foram assinados 11 e a expectativ­a era que o início de produção dos referidos blocos concorreri­am para o aumento da produção petrolífer­a do País. A BP, por exemplo, em 2014, perspectiv­ava aumentar a sua produção, passando dos 320 mil para até 480 mil barris/dia até 2020.

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