Folha 8

DIÁRIO DA CIDADE DOS LEILÕES DE ESCRAVOS

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IRRESPONSÁ­VEIS +HIPÓCRITAS = OUTRA RDC Faz com que todos os dias não sejam iguais. Não te deixes ir nas ondas onde todos navegam. Nunca penses no dia de hoje, pensa sempre no dia de amanhã. Aviso! Aqui não se criam empregos, só se aposta no desemprego em larga escala. E que o dinheiro está difícil, mas para alguns está muito fácil. Porquê? Vê-se no esbanjamen­to. Nelson Gonçalves Bastos: Normal. Também já passei por isso. Duas idas ao Lubango e devido ao mau tempo não conseguiam aterrar. Quando fui reclamar em Luanda o “chefe” estava com uma bebedeira que nem se segurava. Nem viagem, nem bagagem... Berrar até aparecer a polícia e resultado: a culpa foi minha. Falta de respeito. Raul Costa: Esse é o estado geral em Angola. Indiferenç­a em vésperas de eleições. Cada um por si. Se o partido no poder faz o que quer e bem lhe apetece, isso revela que a oposição é fraca. O que esperamos da oposição é uma atitude construtiv­a que mostre aos cidadãos que há genuína vontade em resolver problemas. Pois, pois, tudo se resolve com o voto em 23 de Agosto. Lamento que a oposição seja débil, senão vejamos o desempenho negativo do líder da Unita, Samakuva, em que, por exemplo, nos seus discursos sobre a fraude eleitoral prometeu uma chuva de manifestaç­ões, antes prometeu uma surpresa, ainda antes jurou que não aceitaria as empresas Indra e Sinfic, mas elas foram adiante. As repetitiva­s conferênci­as de imprensa que por isso se tornam cansativas, porque sempre a ouvir a mesma coisa não dá, etc. Isso cheira a esturro porque quem promete agora e não cumpre o que diz fica tudo na mesma. E que se vencer as eleições promete que logo o povo angolano será feliz, quando isso é muito fácil de provar como uma grotesca mentira eleitorali­sta. Serão muitos anos de recuperaçã­o económica, e se os investidor­es in- ternaciona­is fingirem que apoiam então será uma eternidade. Hoje de manhã fartei-me de rir quando ouvi na TPA do vizinho, como muangolé do exército de surdos e de sem noção de convivênci­a, põe o som muito alto. Escutei então que no noticiário desfilava mais uma vez, e sempre, a propaganda do Mpla, ri-me muito, porque os partidos da oposição lamentam-se – lamentam tudo, apenas lamentam e isso não resolve nada - que os órgãos de informação do Mpla só fazem propaganda desse partido, mas até agora a oposição não conseguiu mudar o quadro e até ao final das eleições não o conseguirá. A Unita não é confiável. DA CASA, o que tenho notado são as intervençõ­es, creio que sem interesse eleitoral, quero dizer, não convencem o eleitorado por não dizer nada de novo e também entrar na órbita do cansativo. Já lá vai um mês que não oiço estações de rádio nem vejo TVS e similares. Limito-me a ouvir os títulos dos noticiário­s do almoço e da noite. Definitiva­mente não ouso ouvir mais políticos da praça porque são confranged­ores e um atentado ao meu e nosso intelecto. Claro que não estou só, comigo comungam muitas almas. Vamos para outra RDC? Parece-me que sim, oxalá que não. “Para fortalecer os sistemas de saúde, garantir

a segurança sanitária e proporcion­ar um melhor acesso aos serviços de saúde, os países devem esforçar-se por alcançar o mínimo de oito dólares por habitante recomendad­o pela OMS” (Rebecca Moeti da OMS In Novo Jornal 28/06/17) E andam todos e todas no frenesim dos quimbandei­ros para ficarem ricos e ricas. Ela queria ser rica e para o conseguir foi no quimbandei­ro. Ele disse-lhe para arranjar um peixe grande e entregá-lo na mãe para o escamar. Ela entrega o peixe na mãe que se recusa a escamá-lo. Insiste mas a mãe continua a não aceitar. É então que surge o neto ainda criança e sussurra no ouvido da avó, “avó, eu ouvi a conversa da mãe com o quimbandei­ro, não escames o peixe porque a mamã quer ser rica.” E a avó devolveu o peixe. Então a mãe escamou o peixe e depois morreu. Esta ouvi numa rodada de cerveja que creio revela profundame­nte o busílis da sociedade angolana: “Se os políticos de uma maneira ou de outra são todos corruptos, então prefiro continuar com os habituais corruptos porque já sei como eles são, e por isso vou votar no Mpla.” Mãe angolana abandona filhos na embaixada do Canadá em Luanda, na rua Rei Katyavala. As crianças que aparentam ter, uma, nove e outra cinco anos de idade foram abandonada­s hoje 26/06/17 na embaixada. As crianças foram vistas a brincar em frente da embaixada. Uma funcionári­a foi-lhes comprar comida. O pai, canadiano, foi-se embora para o Canadá e também as abandonou. Entretanto, do Canadá, o pai mandou recado para a mãe a dizer-lhe que virá a Luanda para levar os filhos para o Canadá. É muito triste ser criança em Angola, não é? Além disso temos buereré de políticos, os tais democratas/opositores, que muito falam, falam, mas não dizem nada. E quem perde tempo com eles é pior que eles. Esta gente durante dezenas de anos viveu na ilusão dentro de um castelo de nuvens. E demasiado tarde, já o rebanho no precipício, se apercebeu disso. Jamais se esqueçam disto: tudo o que é repetitivo cansa. E sobretudo, mamos e manas, também jamais se esqueçam de como David venceu Golias. Viver com primitivos é regressar para o tempo das cavernas. Quanto mais tempo se perder com a falsa religião mais burros ficarão. Não, não estou a sonhar não, está tudo falido. No início o amor é como um escritor que também no início escreve muitos livros, depois desse intenso fulgor desvanecem na procura mística de outras asas para outros ninhos. Estes manos cada vez estão piores: então quem não fizer todos os meses recarga do pré-pago da energia eléctrica leva multa. Isto é Angola, é África cada vez melhor. E os cortes da energia eléctrica continuam como que obedecendo à estratégia das venda de gerado- res. A propósito, desde Janeiro até Junho de 2017 em cortes no fornecimen­to foi um ror de 517 horas. Angola, o país onde as pessoas andam sempre com as calças nas mãos. Creio que é fácil de adivinhar, como Angola vai acabar, pois se anda tudo a roubar. Não são só os cães, mas também: as cadelas ladram mas a caravana passa. E já se destacam os sinais da nova vida, do tudo vai melhorar. A mana Santa, que é quinguila, como o negócio já há muito tempo não anda, está a vender ci- garros e saquinhos de uísque. Mas não é só ela não, são muitas, muitos que brevemente farão com que a designação oficial de Angola mude de nome para: república do exército de famintos de Angola. Ainda sobre o abandono das crianças de pai canadiano e mãe angolana: Hoje 28/06/17 a mãe voltou com os filhos na embaixada canadiana. Ela não vive, está numa Igreja com as crianças porque o pai não lhes deixou nada e a família não a quer, não lhe liga devido aos filhos serem mestiços, daquelas famílias racistas. Apesar de o Canadá ser um dos países mais avançados do mundo, o pai abandonou as crianças e não lhes manda nada, não quer saber. Entretanto os coitadinho­s vestidos com roupas encardidas e muito magros o que indica estarem a passar mal, brincam indiferent­es, sorridente­s perante a maldade humana, neste caso canadiana. Mais tarde um carro da embaixada levou as crianças para, segundo dizem, falarem com o pai via Internet. Noticiário da grande tragédia: Se não conseguem fazer nada, por exemplo, o alho já ronda os seis mil kwanzas o quilo, uma cebola duzentos kwanzas, é pá, entreguem isto aos brancos. Caramba! Porra! “Um país que só olhava para o “ouro negro” esquecendo tudo o resto. Nunca quiseram saber de Pescas, Agricultur­a, principalm­ente a agricultur­a, Ensino, Saúde, Turismo...” (Comentário de Mário Metelo no Facebook) Um homem na Argélia foi condenado a dois anos de prisão, depois de ter pendurado uma criança na janela de um prédio, só para conseguir “gostos” nas redes sociais. “1.000 gostos ou vou deixá-lo cair”, foi assim a descrição que o homem usou na fotografia publicada no Facebook. (Sic Notícias) O regresso do infernal tempo da escravatur­a, do tempo em que a fome mata: em Benguela, jovem empregado é morto à pancada pelo patrão por ter roubado um quilo de arroz.

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