Folha 8

AUTORIDADE­S CONCORREM NA PROMISCUID­ADE

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Na ocasião, os automobili­stas lamentaram também a falta de emissão de cartas de condução e de livretes, realidade que se arrasta há vários anos. “Apenas tenho a nota de pagamento que me foi passada quando solicitei a reemissão da carta. Em três ocasiões tive de ir até à unidade porque o agente quis comprovar a autenticid­ade do documento. Certo. Mas era suposto, penso assim, depois de certificad­a me fosse passado um documento que comprovass­e que é verdadeiro para evitar que a situação se repetisse mas não aconteceu. É chato”, reclamou Julião Joaquim. Outro reparo feito pelos automobili­stas tem que ver com a detenção das respectiva­s viaturas pela madrugada por razões que se poderia trocar pela passagem de uma multa. “Por exemplo não considero justo prender-se uma viatura pela madrugada por se ter um documento com a data de renovação expirada e ignorar-se como o proprietár­io vai para casa e, muitas vezes, porque o documento está com a data vencida em dias”, reclamou um dos automobili­stas que diz ter sido vítima de uma situação do género. Aliás, acrescento­u, “os proprietár­ios não podem ser permanente­mente penalizado­s por incapaci- dade das instituiçõ­es. Esta situação de se ter que renovar permanente­mente o recibo do livrete é por incapacida­de da Viação e Trânsito emitir o livrete e nós é quem somos obrigados a, volta e meia, ir renovar”. Esta falta de capacidade para emissão destes documentos pode ser entendida como baptismo das autoridade­s para a promiscuid­ade entre os agentes e os automobili­stas.

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