AUTORIDADES CONCORREM NA PROMISCUIDADE
Na ocasião, os automobilistas lamentaram também a falta de emissão de cartas de condução e de livretes, realidade que se arrasta há vários anos. “Apenas tenho a nota de pagamento que me foi passada quando solicitei a reemissão da carta. Em três ocasiões tive de ir até à unidade porque o agente quis comprovar a autenticidade do documento. Certo. Mas era suposto, penso assim, depois de certificada me fosse passado um documento que comprovasse que é verdadeiro para evitar que a situação se repetisse mas não aconteceu. É chato”, reclamou Julião Joaquim. Outro reparo feito pelos automobilistas tem que ver com a detenção das respectivas viaturas pela madrugada por razões que se poderia trocar pela passagem de uma multa. “Por exemplo não considero justo prender-se uma viatura pela madrugada por se ter um documento com a data de renovação expirada e ignorar-se como o proprietário vai para casa e, muitas vezes, porque o documento está com a data vencida em dias”, reclamou um dos automobilistas que diz ter sido vítima de uma situação do género. Aliás, acrescentou, “os proprietários não podem ser permanentemente penalizados por incapaci- dade das instituições. Esta situação de se ter que renovar permanentemente o recibo do livrete é por incapacidade da Viação e Trânsito emitir o livrete e nós é quem somos obrigados a, volta e meia, ir renovar”. Esta falta de capacidade para emissão destes documentos pode ser entendida como baptismo das autoridades para a promiscuidade entre os agentes e os automobilistas.