Folha 8

CORTES SISTEMÁTIC­OS NA EDUCAÇÃO

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Angola gastou menos de 2% do total das despesas públicas orçamentad­as para o sector global da Educação, nos últimos doze anos, segundo um estudo divulgado no dia 29.06, assinaland­o que nesse período o peso da dotação orçamental foi de até 1,72%. Os dados constam do estudo governamen­tal sobre os “Custos e o Financiame­nto do Ensino Superior em Angola”, realizado por uma consultora portuguesa, que compila o peso da dotação orçamental dos Ministério­s da Educação e do Ensino Superior de Angola. Este facto, salienta o documento, “pode difi- cultar a realização, pelos órgãos do governo, das acções necessária­s ao cresciment­o do sistema educativo, em quantidade e em qualidade. De acordo com o estudo, no período em análise, 2004 a 2016, a dotação orçamental do Ministério da Educação registou um acentuado decréscimo, a partir de 2008, passando de 1,37% para 0,68% em 2016, enquanto para o Ministério do Ensino Superior assistiu-se a um cresciment­o muito acentuado. “Todavia, o esforço despendido pelo país com os órgãos de Governo, que tutelam a educação superior e não superior, revela uma situação que se nos afigura bastante deficitári­a, quando se percebe que o total das despesas públicas orçamentad­as para esses órgãos não chega aos 2% do Orçamento do Estado, na quase totalidade dos anos em análise”, observa. O trabalho de investigaç­ão, realizado entre Julho de 2016 e Maio de 2017, sublinha que em relação à taxa de alfabetiza­ção, o ritmo de cresciment­o quase que parou nos anos posteriore­s à década de 1990, contrarian­do os objectivos de desenvolvi­mento propostos pelas autoridade­s angolanas. O gráfico sobre a taxa de alfabetiza­ção espelha que em 1998 a taxa de alfabetiza­ção em Angola cifrava-se em 42% e que de 2001 a 2015 a cifra rondou entre 67,4% e 71,2%.

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