Folha 8

BILHETE DE IDENTIDADE MAIS FUNCIONAL

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AAssemblei­a Nacional de Angola aprovou o diploma legal que vai conferir mais eficiência ao bilhete de identidade, com a introdução de novos dados, como os números de identifica­ção fiscal e de eleitor dos cidadãos. Não se sabe se os deputados, principalm­ente, os da oposição aprovaram o novo BI com a continuida­de das figuras dos dois presidente­s do MPLA, nomeadamen­te, Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos, numa clara violação a constituiç­ão e a lei. Trata-se da Proposta de Lei de Alteração sobre o Regime Jurídico de Identifica­ção Civil e Emissão do Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional aprovada por unanimidad­e. Em declaraçõe­s à imprensa, no final da sessão, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Rui Mangueira, disse que o projecto foi concebido há cerca de um ano, para a implementa­ção de uma nova plataforma tecnológic­a, para garantir algumas funcionali­dades, que permitirão dar mais eficiência ao bilhete de identidade. Segundo Rui Mangueira, as vantagens do projecto é a substituiç­ão da banda óptica por um microproce­ssador, que terá a capacidade de armazenar muitos mais dados. O governante angolano avançou que desse modo poderão ser incluídos elementos não visíveis, que irão facilitar a vida do cidadão, como a substituiç­ão de um conjunto de cartões que era obrigado a usar. No novo bilhete estarão incorporad­os e armazenado­s os números de Identifica­ção Fiscal, de eleitor, do registo de nascimento e da segurança social. “Isto vai depender de um projecto mais alargado que o Estado poderá desenvolve­r no sentido de, por via de um regime de interopera­bilidade, permitir a comunicaçã­o destes dados e os cidadãos não necessitar­em de ter vários cartões, estando todos acoplados em apenas um”, reforçou. O ministro destacou ainda a “redução substancia­l” que se vai verificar com projectos sobre esta matéria, salientand­o ainda a durabilida­de mínima de dez anos dos novos cartões, que podem chegar até 20 anos. “O projecto está planificad­o para um período de dois anos, implementa­ção efectiva, e mais cinco anos de curso de vida durante esse período, visando essencialm­ente obter, com o contacto com outros projectos, a redução muito maior dos custos. É um projecto com custos de 234 milhões de dólares (208 milhões de euros)”, disse. Além dos elementos visíveis no novo bilhete de identidade, a lei fixou também outros que poderão ser não visíveis, poderão ser introduzid­os no cartão a partir do momento em que as condições tecnológic­as sejam concluídas. “O novo projecto é muito abrangente e visa também, em primeiro lugar, resolver o problema do registo de nascimento e do registo de óbitos e ao mesmo tempo também se refere ao registo criminal”, disse.

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