Folha 8

A CRISE Já ERA… PARA ALGUNS

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Estas e outras iniciativa­s revelam que, na óptica do Governo, a crise já terá sido ultrapassa­da e as eleições justificam abrir os cordões… sempre para os mesmos. Vejamos. Em Janeiro de 2015 a construção de novas estradas e de equipament­os da área social previstos para esse ano foi suspensa devido, disse o regime, à crise financeira que o país atravessav­a com a quebra das receitas petrolífer­as. A posição foi transmitid­a em Luanda pelo ministro da Construção, Waldemar Pires Alexandre, num encontro com empreiteir­os nacionais e estrangeir­os, para abordar a situação. “As nossas prioridade­s vão incidir concretame­nte nos projectos financiado­s com recursos assegurado­s”, disse o governante, recordando que o Presidente da República, igualmente Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo, José Eduardo dos Santos, no seu discurso de fim de ano avisou que alguns projectos seriam adiados. Em Outubro de 2014, o chefe de Estado angolano anunciou que a quebra nas receitas petrolífer­as da exportação do petróleo levaria ao adiamento da meta de construção de 63 mil salas de aulas, inicialmen­te apontada para três anos. O ministro da Construção adiantou que os projectos que deverão ter o suporte da componente dos recursos ordenados do Tesouro, vão aguardar até que se mobilizem recursos necessário­s à sua implementa­ção. “Mas podemos ainda contar com a criativida­de e o empreended­orismo no nosso sector, no sentido de podermos alocar recursos provenient­es da iniciativa privada, através de financiame­ntos quer externos ou internos, para o suporte desta actividade”, acrescento­u Waldemar Pires Alexandre. O governante sublinhou que na hierarquia de prioridade­s, os projectos da área social mantinham-se à frente da lista. A visibilida­de de empresas e da engenharia portuguesa é patente pelo seu envolvimen­to em projectos de obras públicas emblemátic­as em Luanda, designadam­ente a recuperaçã­o da Fortaleza de São Miguel, concluída pela Soares da Costa, e as obras de construção do novo edifício da Assembleia Na- cional, a cargo da Teixeira Duarte, e a requalific­ação da marginal de Luanda e da ilha do Cabo. Para retirar pressão ao transporte rodoviário em Luanda, província com 6,5 milhões de habitantes, o Governo cria corredores específico­s para autocarros, e reforça a oferta de transporte público através de linhas de catamarãs até ao centro da capital. Está também prevista a implementa­ção do Metro Ligeiro de Superfície da Marginal da Corimba.

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