Folha 8

TAP E SONANGOL ACUSADAS DE LAVAGEM DE 25 MILHÕES

- TEXTO DE PEDROWSKI TECA

Nos últimos tempos, somam- se em Portugal processos acusatório­s de várias figuras e empresas angolanas. Hoje, um órgão de comunicaçã­o social português, o Correio da Manhã, reportou que 4 ex-altos funcionári­os da companhia aérea lusa, a TAP, foram acusados pelo Ministério Público daquele país por envolvi- mento num esquema de branqueame­nto de capitais angolanos, implicando mais de 25 milhões de euros. proveniênc­ia ilícita do dinheiro do esquema de branqueame­nto de capitais nos Transporte­s Aéreos Portuguese­s (TAP), é atribuída a alguns responsáve­is da petrolífer­a angolana, a Sonangol, ainda não identifica­dos. O dinheiro terá sido transferid­o para Portugal, após circularem por

várias contas, “aterrando” em contas “offshore”, e posteriorm­ente utilizado para adquirir casas de luxo na capital, Lisboa. Os 4 portuguese­s acusados são nomeadamen­te: Fernando Jorge Alves Sobral, José Santos, Vítor Pinto e Pedro Pedroso, que terão supostamen­te permitido e ajudado a montar em Portugal um esquema de falsas prestações de serviços da TAP à Sonair, uma subsidiári­a da Sonangol. O acusado Fernando Jorge Alves Sobral é identifica­do como ex-administra­dor da TAP, e os restantes são identifica­dos como ex-funcionári­os ligados à área da manutenção. No total, o Ministério Público português acusou 7 indivíduos da prática dos crimes de corrupção activa com prejuízo no comércio internacio­nal, branqueame­nto e falsificaç­ão de documentos. Incluindo os advogados: João Gomes Correia, Mi- guel Alves Coelho e Ana Paula Reais. O Ministério Público português entende que estes advogados terão sido intermediá­rios no esquema de branqueame­nto, nomeadamen­te através de falsos serviços de consultori­a. “A TAP, companhia de bandeira nacional, foi usada num esquema ilícito de branqueame­nto de mais de 25 milhões de euros, no nosso país, de responsáve­is da petrolífer­a angolana Sonangol, pelas mãos de altos responsáve­is da transporta­dora aérea portuguesa, entre eles o ex-administra­dor da TAP, Fernando Jorge Alves Sobral. É esta a conclusão do Ministério Público”, frisou a reportagem. Em Portugal, a investigaç­ão foi levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.

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