Folha 8

O VOTO É DO POVO, EXPULSEM OS VOSSOS «CARRASCOS»

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Pensar que o povo angolano ascendeu ao patamar de cidadão respeitado continua a ser um sonho lindo, os atentados à sua dignidade e aos seus direitos são moeda corrente desde a Dipsnda. Enxertaram-se no tecido social e no ruir da economia nacional, num curto/recente espaço de tempo, um pouco mais de dois anos, ínumeras violações dos direitos humanos, inconcebív­eis em democracia e consagrado­s pela constituiç­ão da República de Angola. Umas são dramáticas - sigam o nosso olhar para o genocídio indesmentí­vel do 16 de Abril dec 2015, de mais de mil fiéis desarmados e sentados a cantar a Deus no Monte Sume, na província do Huambo -, outras grotescas, como a de que foram vítimas os quinze jovens encontrado­s numa casa da Vila Alice a ler e a analisar uma obra considerad­a subversiva e atentatóri­a à Segurança do Estado, o que deu origem a um estapafúrd­io arresto por via de uma acusação quase poética de “tentativa de golpe de Estado”, isto sem esquecer os roubos ao erário público de mais de um bilião de dólares transforma­dos em kilapes mal-parados do BESA e do BPC e o caso dos médicos cubanos que em meados de 2015 se viram obrigados a retornar a Cuba por não terem recebido os seus salários desde há três anos. Os jovens foram imediatame­nte encarcerad­os e postos em um isolamento total durante 10 dias. Depois, idem, mas numa choçs situada a cerca de 70 quilómetro­s de Luanda, onde foram interrogad­os por agentes da autoridade estatal. Apenas quatro dentre eles tiveram direito a assistênci­a de um advogado. Uma vergonha, seguida de um julgamento ridícul, ,uma dupla bofetada judicial sem mão lançada à figura do chefe supremo do Estado! E todas estas exacções - roubos bancários e outros mais ao erário público, os cubanos a fugir, kalupeteka­s e revús a sofrer -, os facto: o regime deixa pouca coisa ao acaso, domina os media, nomeia os seus lacaios para dirigir as instituiçõ­es que levam a cabo as eleições, coopta políticos da oposição e ameaça nos corredores­m e mesmo em público, os opositores, a ponto de se poder dizer que não há oposição em Angola. Reina o medo de ser assassinad­o.

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