CORRUPÇÃO ELEITORAL
Se existe crise, onde é que o MPLA vai buscar dinheiro, para tão volumosas compras, onde o recurso às divisas é uma palavra de ordem? Onde é que o MPLA vai buscar divisas para oferecer tractores, motorizadas, geradores, televisores, etc. a troco de votos? Vai buscar (roubar será o termo mais exacto) aos cofres do Estado, ou seja, vai usar o dinheiro que é do país, do Povo, de todos nós. E, é claro, são cofres sem fundo, sem registos, sem contas, sem documentos. O MPLA goza com a desgraça dos povos. Goza com a cara, visivelmente esquelética e faminta, do Povo quando deveria – se fosse um partido sério e íntegro e não uma seita diabólica - dar exemplo de contenção, se fosse ou quisesse agir como partido responsável. No caso, o MPLA não é sério nem se preocupa em parecer sério. Age, aliás, como um senhor feudal que põe e dispõe dos seus escravos, tendo sobre eles todos os direitos, até mesmo o de morte. Neste momento uma fonte ligada às Finanças, garantiu ao F8, ter já sido gasto pelo MPLA na pré-campanha cerca de 80 milhões de dólares, sendo corrente a tese de que não existe um travão, um tecto, que não seja o céu, para atingir o poder. Vale tudo. E se, hipoteticamente, não resultar, quem vier atrás que feche a porta (se ainda existir porta) e apague a luz (se existir). O MPLA, neste momento, já pagou, à conta da CNE, à empresa espanhola INDRA um montante avaliado em mais de 210 milhões de dólares, para a produ- ção de todo o material para o exercício eleitoral. Por sua vez, a SINFIC, conotada como sendo uma empresa luso-angolana, que entra no saque como prestadora de serviços, contratada pela CNE para a elaboração do pacote informático de mapeamento dos locais e fixação das Assembleias de Voto, facturou acima dos 100 milhões de dólares, segundo uma fonte ligada ao processo da contratação desta empresa, que se alega fazer parte um alto juiz conselheiro do Tribunal Constitucional.