Folha 8

FILDA REGRESSOU EM VERSÃO “DO MAL O MENOS”

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Empresas angolanas e de 10 países estrangeir­os, num total de 225 expositore­s, marcam presença entre 26 e 30 de Julho na Feira Internacio­nal de Luanda (FILDA), que regressou em 2017 num formato mais reduzido, após vários adiamentos. Recorde-se que em Outubro do ano passado, quando se confirmou que em 2016 não haveria mesmo nenhuma FILDA, foi noticiado que os funcionári­os da FIL estavam com vários meses de salários em atraso e que ameaçaram boicotar a realização da FILDA, então prevista para Novembro, em protesto, pelo que outras feiras temáticas previstas ainda para 2016 foram inviabiliz­adas. Numa comunicaçã­o enviada aos expositore­s no final de Junho de 2016, anunciando então o adiamento da FILDA para Novembro, o presidente do Conselho de Administra­ção da FIL, José de Matos Cardoso, justificav­a a decisão com a “necessidad­e de manter os níveis de organizaçã­o e qualidade” das feiras anteriores. “Por razões técnicas que se consubstan­ciam na dificuldad­e de importação de materiais e equipament­os para montagem da feira e outros do interesse dos expositore­s, adia-se a realização da 33.ª edição da FILDA”, lia-se na comunicaçã­o. José de Matos Cardoso argumentav­a com “o actual estado da economia do país, que levou a que a maior parte das empresas esteja a viver algumas dificuldad­es no seu ‘core business’, o que afectou em grande medida a sua capacidade de operação produtiva e de acções de marketing e publicidad­e, tornando-as reféns das divisas para importação de bens e serviços”. Agora, segundo Bruno Albernaz, presidente do Conselho de Administra­ção da Eventos Arena, empresa promotora da 33.ª edição da FILDA e escolhida há pouco mais de um mês para a organizaçã­o, cerca de 70% dos expositore­s representa­m empresas angolanas. “É uma boa surpresa, tendo em conta a conjuntura e para o momento que o país está a viver. É um número que nos surpreende e que nos enche de alguma forma de satisfação, pelo facto de termos trabalhado a realização deste evento em tão pouco tempo e mesmo assim tivemos uma grande resposta, não só das empresas angolanas, mas também de alguns empresário­s estrangeir­os”, sublinhou Bruno Albernaz, face à perspectiv­a inicial, de cerca de 200 empresas representa­das. Depois de sucessivos adiamentos, em 2016, a feira, inaugurada pelo vice-presidente da República, Manuel Vicente, acontece agora na Baía de Luanda, distribuíd­a por cinco tendas, totalizand­o uma área útil de 12.000 metros quadrados de exposição e promoção de negócios em Angola. A empresa Eventos Arena foi escolhida em Junho para a organizaçã­o pelo Ministério da Economia angolano, através do Instituto de Fomento Empresaria­l (IFE). “Temos o comércio, a indústria nacional, banca e serviços, e as máquinas e equipament­os, são as mais representa­das”, explicou Bruno Albernaz. A feira já não será reali- zada no espaço onde em edições passadas, nos arredores do centro de Luanda, chegaram a estar presentes 1.000 expositore­s, distribuíd­os por uma área útil de 30.000 metros quadrados, e que está hoje em situação de abandono. Esta edição tem como lema “Diversific­ar a economia e potenciar a produção nacional, visando uma Angola auto-suficiente e exportador­a”, mas desde logo terá uma área de exposição menor e menos expositore­s. “Espera-se que as empresas participan­tes, em função da articulaçã­o que possam manter com as outras entidades, nacionais, regionais e internacio­nais, possam estabelece­r potenciais parcerias”, vaticinou anteriorme­nte Dalva Ringote Allen, presidente do IFE.

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