Folha 8

O PRESIDENTE FALOU E DISSE

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Em Junho de 2016 o Presidente José Eduardo dos Santos considerou “aceitável” a actual cotação dos diamantes no mercado internacio­nal, mas defendia medidas para assegurar a estabilida­de e evitar quebras bruscas nos preços, como aconteceu com o barril de crude. Aposição de sua majestade o rei de Angola está expressa numa nota enviada na altura ao Folha 8 pela Casa Civil do Presidente da República, referindos­e à reunião mantida a 23 de Junho de 2016, em Luanda, com Ahmed Bin Sulayen, presidente do Processo Kimberley e presidente executivo da Dubai Multi Commoditie­s Center (DMCC), a maior zona franca dos Emirados Árabes Unidos, que congrega cerca de 12.000 empresas. Segundo a mesma informação, o chefe de Estado e também Titular do Poder Executivo salientou que os diamantes “estão com uma cotação aceitável no mercado internacio­nal”, tendo solicitado ao dirigente daquela entidade internacio­nal que tenta travar o negócio dos ‘diamantes de sangue’ para “ajudar a assegurar a estabilida­de do seu preço”. “Evitando-se que ocorra sobre o preço dos diamantes o contágio do preço do petróleo, nomeadamen­te a sua drástica redução e alta volatilida­de”, lê-se na nota. Meses antes o presidente do conselho de administra­ção da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Carlos Sumbula, disse que os países produtores diamantífe­ros estão a reduzir a quantidade de pedras preciosas no mercado para travar a quebra nos preços. “Em cooperação com todos os países produtores do mundo, estamos a reduzir a quantidade de diamantes no mercado para fazer com que a procura aumente e isso também aumentará o preço”, apontou o administra­dor da estatal angolana, concession­ária do sector. “Apesar de estamos em crise na comerciali­zação, podemos dizer que temos estado a gerir esta crise com bastante mestria, em colaboraçã­o com todos os outros países. Pensamos que no decorrer deste ano podemos inverter a situação [quebra nos preços]”, disse na altura o PCA da Endiama, apontando a falta de publicidad­e dos diamantes a nível mundial como justificaç­ão para a “crise”.

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