Folha 8

RISCOS QUE (AINDA) AMEAÇAM A INTEGRIDAD­E E LISURA DOS RESULTADOS ELEITORAIS

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“A Lei que governa a organizaçã­o das eleições gerais marcadas para 23 de Agosto, Lei N.º 36/11, foi aprovada por consenso, não por maioria, em Dezembro de 2011. Esta lei impõe mecanismos e procedimen­tos adequados de controlo, que, uma vez, implementa­dos, permitem a realização de uma eleição democrátic­a. Ao longo do processo de organizaçã­o das eleições de 2017, porém, a Comissão Nacional Eleitoral tem criada inúmeras dificuldad­es, elaborar regulament­os quer violando a própria Lei 36/11, quer evitando ou bloqueando a sua efectiva aplicação. A UNITA tem fiscalizad­o com pormenor todo o processo eleitoral e tem enviado com antecipaçã­o à CNE o levantamen­to de incumprime­ntos e das violações. Com esta postura temos pretendido incentivar a CNE a assumir a arbitragem e condução deste processo na absoluta isenção e na necessária credibilid­ade. Nenhum outro partido produziu tanta ajuda e fiscalizaç­ão ao funcioname­nto da CNE e do MAT! Importa saber que dez dos 17 comissário­s da CNE foram indicados pelo MPLA e todos eles recebem regulares instruções da Casa Militar da Presidênci­a e do partido do MPLA. Dirigem todas as comissões especializ­adas de trabalho, elaboram todos os documentos de base à tomada de decisões e eliminaram os elementos de controlo do funcioname­nto democrátic­o do órgão de decisão! Este Memorando visa documentar os riscos que ainda ameaçam a integridad­e e lisura dos resultados eleitorais face às últimas evidências de violação à Lei e de falta de isenção da CNE na condução do processo eleitoral nas últimas semanas.

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