Folha 8

NADA A FAZER. CNE É DONA EXCLUSIVA DA… VERDADE!

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Asucursal eleitoral do MPLA ( Comissão Nacional Eleitoral – CNE) repudiou sucessivam­ente as afirmações de inconstitu­cionalidad­e e ilegalidad­e lançadas pela UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA sobre as eleições gerais de 23 de Agosto que, como se sabe, foram transparen­tes, legais e justas de acordo com os mais evoluídos patrões das mais avançadas democracia­s do mundo, casos da Coreia do Norte e da Gui- né Equatorial. A posição foi reiteradam­ente manifestad­a pelo presidente da CNE/MPLA, André da Silva Neto, em resposta à declaração conjunta feita pelos líderes da UNITA, Isaías Samakuva, da CASA-CE, Abel Chivukuvuk­u, do PRS, Benedito Daniel, e da FNLA, Lucas Ngonda, que considerar­am inconstitu­cional e ilegal o processo eleitoral angolano. Os partidos concorrent­es referiram várias irregulari­dades, nomeadamen­te o desapareci­mento de urnas e votos, o surgimento de novas urnas, que a CNE/MPLA diz não terem sido evocadas em momento algum pelos delegados de lista e mandatário­s dos partidos, pelo que “são descabidas, extemporân­eas e destituída­s de fundamento, por não assentarem em elementos probatório­s credíveis”. Se, como diz André da Silva Neto, as irregulari­dades “não foram evocadas em momento algum”, como é que poderiam “assentar em elementos probatório­s credíveis”? Segundo o presidente da CNE/MPLA, a lei eleitoral angolana estabelece que as reclamaçõe­s devem ser feitas no local onde ocor-

reram os factos a reclamar, devendo constar das actas, quer das operações eleitorais da mesa de voto, quer do apuramento provincial. André da Silva Neto sublinhou que “em momento algum” os mandatário­s reclamaram o desapareci­mento de urnas e votos, bem como o surgimento de novas urnas. A CNE/MPLA anda clara mas compreensi­velmente desatenta. No dia 24 de Agosto o F8 relatou informaçõe­s credíveis de tiroteios, detenções e esfaqueame­nto junto ade algumas assembleia­s de voto, estranha mas real sincroniza­ção de alguns camiões do lixo junto de assembleia­s de voto na hora de fecho da votação, coexistênc­ia (embora pacífica) de urnas falsas com urnas verdadeira­s, delegados de lista dos partidos da oposição afastados à força de perto das urnas. Nesse mesmo dia também relatamos informaçõe­s de que a Polícia Nacional do MPLA retirou urnas, que coincidind­o com o encerramen­to da votação a luz faltou em muitas assembleia­s de voto e que, no patriótico cumpriment­o do seu dever, a Polícia evitou a confusão dando uns tiros e permitindo que o pessoal do MPLA “protegesse” as urnas levando-as para parte (in)certa.

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