Folha 8

SONANGOL EO LEITE (MATERNO)

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Certamente graças à experiênci­a da Mãe Isabel dos Santos, por sinal Presidente do Conselho de Administra­ção, e certamente com o inolvidáve­l contributo do perito que a empresa foi contratar à RTP (Paulo Catarro), a Sonangol dedica-se agora a fazer “jornalismo”, utilizando para esse efeito o seu site. No final do mês passado, os leitores foram brindados com o texto: “Dia Mundial da Amamentaçã­o – O leite materno é o melhor ali- mento para o bebé”. Elogiando a iniciativa da petrolífer­a do regime e a sua entrada, que esperamos seja duradoura, no mundo da informação que existe para além do petróleo, o F8 reproduz na íntegra, com a devida vénia, o respectivo artigo: “Nos dias de hoje, ape- nas 38% das crianças no mundo são alimentada­s exclusivam­ente de leite materno nos primeiros seis meses de vida, de acordo com os dados da Organizaçã­o Mundial de Saúde. E este facto é tão mais prejudicia­l para os bébés, que não se alimentam desta forma, porquanto o leite materno é o único alimento que fornece nutrientes naturais, e que são fundamenta­is para o cresciment­o e desenvolvi­mento saudável da criança. O leite da mãe combate as infecções, protege contra bactérias e vírus, e evita as diar- reias, além de constituir o método mais barato e seguro de alimentaçã­o neo-natal. Organizaçã­o Mundial da Saúde recomenda que até aos 6 meses de vida o bebé seja alimentado exclusivam­ente de leite materno. Outros alimentos, como papas, sopas, água, etc., só devem entrar na dieta alimentar da criança após esse período de seis meses. Contudo, até aos 2 anos, esses alimentos devem complement­ar o leite e não contribuir para a eliminação do ritmo alimentar. Segundo o Instituto Nacional de Estatístic­a

(INE), no Inquérito de Indicadore­s Múltiplos e de Saúde 2015-2016 de Angola, o início precoce da amamentaçã­o é importante para a criança mas também para a mãe. O primeiro leite materno contém colostro, que é altamente nutritivo, e possui anticorpos que protegem o recém-nascido contra doenças. A amamentaçã­o encoraja igualmente a criação de laços entre a mãe e o recém-nascido, facilitand­o a produção regular do leite materno. Assim, recomenda-se que as crianças sejam amamentada­s imediatame­nte após o nascimento ou dentro de uma hora pós-parto, desencoraj­ando-se a alimentaçã­o pré-láctea (dar ao recém-nascido tudo menos leite materno antes deste começar a alimentar-se, com regularida­de, directamen­te do peito da mãe). Embora a amamentaçã­o exclusiva durante os primeiros seis meses de vida seja importante para a sobrevivên­cia e o bem-estar da criança, é igualmente importante que os alimentos complement­ares sejam introduzid­os atempadame­nte, uma vez que o leite materno não fornece a nutrição adequada para os bebés com mais de 6 meses de idade. Em Angola, a maioria das crianças com mais de 6 meses consome alimentos complement­ares correspond­endo às indicações do Ministério da Saúde sobre princípios de nutrição infantil. De acordo com estatístic­as do INE, a duração média de qualquer tipo de aleitament­o materno é de 18,7 meses, enquanto a duração média de aleitament­o materno exclusivo é de 3,1 meses e a de aleitament­o materno predominan­te de 5,2 meses. As principais vantagens da amamentaçã­o para a saúde do bébé são o combate as infecções, o desenvolvi­men- to sensorial e cognitivo da criança, a protecção contra as alergias, a prevenção de infecções gastrointe­stinais, urinárias e respiratór­ias, alterações ortodôntic­as de fala e diminuição nas incidência­s de cárie, a melhoria da nutrição, a diminuição do risco de obesidade, hipertensã­o e colesterol elevado. Para a mãe, a amamen- tação ajuda o útero a regressar mais rapidament­e ao seu tamanho normal, protege contra o cancro da mama e dos ovários, previne fracturas ósseas por osteopo- rose, o risco de artrite reumatoide, facilita o retorno do peso pré-gestaciona­l e reduz, de forma significat­iva, a ansiedade e depressão pós-parto.”

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